quinta-feira, 5 de maio de 2016

A Nossa Gente: Carlos Teixeira


«Neste mês de maio, em que a Câmara Municipal de Ílhavo promove mais uma edição do Festival Rádio Faneca (dias 27, 28 e 29), a rubrica “A Nossa Gente” é dedicada a Carlos Teixeira, jornalista da Rádio Terra Nova.
Nascido a 20 de maio de 1972, na Gafanha da Nazaré, Carlos Teixeira é filho de um carpinteiro, Manuel “Pinto”, e de Maria da Glória que têm residência no lugar da Chave, paredes meias com o terminal bacalhoeiro. A sua infância ficou marcada pela ligação à Ria, ao Esteiro Oudinot e ao Cais, onde se habituou a ver partir e chegar navios de pesca, e do Tempo em que viu partidas e chegadas de familiares que viveram a emigração na Escandinávia e nos Estados Unidos e as migrações para Lisboa.
Nos bancos de escola passou pela EB1 da Chave, onde as reguadas da D. Leonor eram “incentivo” a evitar erros de Português, pela EB2,3 da Gafanha da Nazaré e pela Escola Secundária de Ílhavo, no tempo em que era ultimada a construção de uma nova Secundária na Gafanha da Nazaré. Ílhavo permitiu uma visão transversal sobre a realidade concelhia, o contacto com alunos de concelhos vizinhos e esse enraizamento justificou a permanência na sede do Município até ao 12.º ano.
O curso de humanidades surgiu como uma “fuga” às ciências exatas e dessa forma começou a moldar o gosto pela comunicação. O final dos anos 80 coincidia com o nascimento do movimento das rádios locais e os relatos desportivos eram a motivação certa para bater à porta da Terra Nova que estava no ar há dois anos. Fervilhava o nascimento de novos projetos com dezenas de colaboradores empenhados em dar voz às novas rádios. Aí começou a aventura da rádio e o contacto com centenas de pessoas que ajudaram e ajudam diariamente a construir o projeto de comunicação.
O ano de 1988 marcou um momento na vida deste jornalista que nunca mais deixou de se manter ligado à rádio como colaborador e, mais tarde, como profissional.
A rádio foi o elo de ligação à terra e a Rádio Terra Nova a ponte para conhecer os atores locais, as instituições e os protagonistas de uma Região dinâmica em diversos capítulos (economia, desporto, política, sociedade e religião), conferindo-lhe uma visão transversal que sempre gostou de valorizar nas notícias e nas entrevistas. Em 30 anos de vida da Terra Nova, há 28 deste jornalista que convive com o diretor Vasco Lagarto, desde a fundação, e com a primeira voz da estação, Fernando Martins, em contacto diário que permanece até aos dias de hoje, agora marcado pelas emoções do movimento popular de apoio à recuperação da antena. “Provou-se que sociedade civil é a verdadeira proprietária da rádio”.
Ficam na memória muitos amigos, mestres e lembranças de alguns que já partiram (Tó Zé Bartolomeu e Santos Vidal, entre outros), milhares de notícias sobre histórias felizes e dramáticas e a certeza de se sentir grato por viver na Gafanha da Nazaré, no Município de Ílhavo e na Região de Aveiro, que define como “o melhor sítio do mundo para viver”.
Para Carlos Teixeira o contacto diário com a Ria e com o Mar continua a ser a melhor inspiração para fazer de cada dia uma história renovada e para ajudar, “com modesto contributo”, a construir uma “Terra Nova”, com paixão pela comunicação do pulsar desta Região.»

Fonte: Agenda “Viver em…” da CMI

NOTA: É sempre com indisfarçável satisfação que dou espaço à nossa gente, de todas as idades e condições sociais. E quando vejo reconhecidos os seus méritos pelos nossos conterrâneos e entidades, mais satisfeito fico, apressando-me a divulgar o que de bom se diz dos homenageados. É o caso do Carlos Teixeira, profissional da Rádio Terra Nova, que conheço desde há muito, pelo profissionalismo com que desempenha a nobre função de dar voz muitas vezes a quem habitualmente a não tem.
Gosto da facilidade com que se expressa, da serenidade que imprime nas entrevistas, da frontalidade sem arrogância com que enfrenta as situações do dia a dia, ora agradáveis e felizes, ora dramáticas e desesperantes. Gosto da sua maneira de estar na vida, transbordando alegria por todos os poros. 
O Carlos Teixeira é um otimista por natureza, um amigo aberto e compreensivo, tolerante e solidário. Por isso as minhas felicitações e o meu abraço.

Fernando Martins

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