domingo, 13 de setembro de 2015

A semana

1. Os debates

Quando hoje li no Público um pensamento de Aristóteles, um filósofo da Grécia Antiga, dizendo que "O ignorante afirma, o sábio duvida, o sensato reflete", lembrei-me logo dos debates políticos da semana, em que muito se falou à margem do entendimento do povo que nada sabe de jargões económicos e quejandos. Os nossos políticos julgam que estão a dirigir-se a uma assembleia de candidatos a mestrados ou doutoramentos, mas não estão. E assim vai o nosso país, de mal pior, em que se fala para ninguém ou poucos perceberem.
Pergunto-me se vale a pena alimentar pré-campanhas e campanhas para as legislativas, tão morosas e desgastantes, para nos deixarem quase na mesma, isto é, sem conhecermos verdadeiramente com que meios vão resolver os problemas que afligem os portugueses, sobretudo os que vivem no limiar da pobreza, sem trabalho e sem dinheiro para pão, sabendo-se que os cofres estão vazios.
Por que razão não nos poupam a tanta barafunda, a tanta guerra? Uns simples 15 dias não seriam mais do que suficientes para se resolver a questão de apresentação de candidaturas e debates à volta de temas concretos? 

2. Os refugiados

As imagens dramáticas dos refugiados em busca de paz e de pão na Europa não podem deixar-nos indiferentes. São seres humanos desesperados, angustiados e cansados da guerra. Olham para a Europa como única tábua de salvação, apesar de ela própria se debater com imensas dificuldades. Mas o que mais me choca, para além dos dramas humanos de quem vem, são as atitudes desumanizantes de xenófogos e aparentados que repudiam qualquer gesto de solidariedade e humanismo. 
Sou do tempo em que muitos portugueses procuraram a França a salto, correndo sacrifícios inauditos para chegar ao paraíso sonhado de trabalho para todos. Hoje, li um dia destes, há no mundo uns quatro milhões de portugueses e lusodescendentes, com vida estável e segurança social garantida. Mas também com direitos de cidadania adquiridos pela sua integração conquistada a pulso e dedicação. Houve quem os aceitasse e lhes desse trabalho.
Porquê tanta raiva? Porquê tanto ódio? Porquê tanta desumanidade? 

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