Um soneto de Maria Donzília Almeida
Memórias...
Erguendo ao céu clemente desnudos braços,
Evoca a tempestade de há dois anos
Que arrebatou do mundo dos humanos,
Aquele a quem me uniam fortes laços.
Cá na terra ficaram estilhaços,
Sinais claros: a perda e os danos.
Vamos ultrapassar os desenganos
Vencendo todos estes embaraços!
A natureza aqui se associou
Carpindo duma forma clamorosa
O homem que da vida nos privou.
Assim e nesta pose caprichosa
Para a posteridade se gravou
A memória do nosso Zé da Rosa!
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