terça-feira, 19 de agosto de 2014

VIAGEM À TAILÂNDIA: UM DESAFIO PERMANENTE AOS SENTIDOS

Crónica de viagem de Maria Donzília Almeida
Dia 5 de agosto – 3.ª feira




Para aproveitar o tempo ao máximo, partimos bem cedinho, em direção ao norte, para a visita a Bang Pa In, antigo palácio do rei Rama V, construído no século XVIII. É um lugar de beleza incomum, com jardins luxuriantes e uma fabulosa harmonia entre arquitetura europeia e oriental.
Apesar do sufocante calor tailandês, percorrermos todos e cada um dos lugares do recinto que abriga o incrível Palácio Bang Pa-In, com destaque para o Palácio Real, o Pavilhão Tailandês e o Palácio Vihat Chamrum.
Nos locais de culto do Buda, entra-se descalço e com os ombros cobertos, numa atitude de respeito e veneração da divindade. Na Tailândia, sê budista!
Uma história famosa está associada a este palácio: a morte da Rainha Sunanda e sua única filha, Princesa Karnabhorn Bejraratana em 1881.





Estavam a caminho do palácio, quando a carruagem capotou. De acordo com as leis reais tailandesas, quem tocasse em alguém da família real seria punido com a pena de morte. Assim, apesar de estarem no local no momento do acidente, as pessoas apenas puderam observar a agonia das duas e com medo de serem punidas, nada puderam fazer. Afinal, para ajudá-las teriam que tocar na rainha e sua filha. O Rei Chulalongkorn que ficou muito chocado com o trágico incidente, mandou construir um memorial para ambas no Palácio Bang Pa-In.



Para os tailandeses, o seu património histórico-cultural é alvo de uma minuciosa preservação, uma riqueza incalculável e que gera muitos dividendos ao país. Associada à visita a qualquer lugar, está instalada a venda de souvenirs de toda a espécie e feitio, que atrai os turistas e gera riqueza para o povo. Este revela uma imaginação sem limites na criação e manufatura de artefactos. É um apelo à vista e um convite a abrir os cordões à bolsa. E…compradores nunca faltam, são aos magotes!
Após a visita e o tempo dedicado às compras, partimos em direção a Ayuttaya antiga capital do reino de Sião que foi saqueada e destruída pelos Birmaneses. Se hoje em dia a Tailândia mantém relações de cordialidade com o estado de Myanmar, antiga Birmânia, nem sempre a paz foi moeda de troca entre ambos os países.
Ayuttaya é uma das cidades mais deslumbrantes da Ásia. O que resta desta gloriosa capital são as magníficas ruínas dos templos e palácios que remontam a 1350, ano da fundação da cidade. As ruínas do palácio real provam que o Grande Palácio de Banguequoque se inspirou na arquitetura característica da cidade antiga. O parque Histórico de Ayuttaya foi declarado património Mundial pela Unesco.
No final da visita, partimos em autocarro na direção a Lopburi, cidade histórica construída no século VI pela tribo Lawa.


Campos de arroz a perder de vista desfilam sob o nosso olhar, onde trabalhadores com os tradicionais chapéus de tirinhas de bambu, em cone, se ocupam da monda e transplante do cereal. É uma das principais produções do país que o apresenta aos forasteiros das mais diversas formas. O arroz de jasmim e o arroz pegajoso( como lhe chamam), foram duas variedades que incorporei no cardápio. Quantos aromas e sabores povoam as ruas das cidades tailandesas! É um desafio permanente aos sentidos.


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