segunda-feira, 18 de agosto de 2014

VIAGEM À TAILÂNDIA - EXOTISMO DA CULTURA

Crónica de Viagens de Maria Donzília Almeida
Dia 4 de agosto – 2.ª feira

Aula budista

De manhã, partimos em direção ao sul de Bangkok para a província de Samut SongKram, no delta do Rio Mekong. No caminho, fizemos uma paragem numa quinta de produção de cocos, para apreciar tudo o que se pode fazer a partir do coco: doces vários e uma panóplia de artefactos. Os animais de várias espécies conviviam com os trabalhadores, em harmonia e interação. Encantei-me com um esquilinho que fazia as suas habilidades e conquistava o interesse e a bolsa dos turistas. Quis trazer um, mas garantiram-me que ele fugiria do meu bosque, em três tempos. Estava preso por uma finíssima corrente por entre os cocos, onde comia e bebia o leite de coco por uma palhinha! Um encanto miniatural.


No mesmo local, visitámos uma casa típica tailandesa, onde pudemos conhecer os costumes e tradições deste povo. É um hábito as pessoas descalçarem-se à entrada de casa e assim fizemos em atitude de consideração e respeito. Apercebemo-nos do grande valor que a instituição família ainda preserva, por estas remotas paragens, nas recordações que preenchem a casa. Fotografias de todos os familiares, forram totalmente as paredes, até ao teto. Há um espaço amplo, enorme onde a família se congrega para o convívio e confraternização. O que me surpreendeu, foi a forma como fazem o culto e veneração dos mortos, radicalmente diferente, da nossa de ocidentais. Depois de cremados, guardam as cinzas em pequenos relicários, à vista de toda a gente e em lugar de destaque. Não precisam de se deslocar ao cemitério, nem de despender quantias elevadíssimas em flores, muitas vezes para mostrar ao mundo algo que a consciência oculta. A memória dos que já partiram, continua ali, bem presente, a fazer parte do seu quotidiano.


Mercado
Navegámos, em embarcações típicas, com motores adaptados de velhos camiões para o famoso mercado flutuante de Dammoen Saduak onde se pode apreciar a intimidade do rio com os seus habitantes. Foi muito divertida esta viagem fluvial, que foi feita em pequenos grupos. Aqui são exibidos os mais variados alimentos, alguns confecionados ali mesmo, em rituais velhos e sempre repetidos.
As margens são densamente povoadas por agricultores que fazem do rio o escoamento dos mais diversos produtos.
O movimento é imenso, barcos de passageiros ou batelões de carga. Às vezes, parece mesmo que vai haver uma colisão, mas a perícia dos mestres de navegação, tudo supera.

Mercado flutuante

Após a visita ao rio, continuámos viagem até Nakorn Pathon, onde se encontra o mais alto monumento budista do mundo, com 120 m de altura. Aqui a religiosidade está bem patente nas mais variadas e místicas manifestações. Aulas aos jovens monges, os noviços, decorriam em dependências laterais do templo e podiam ser observadas pelos turistas. Mestres e discípulos sorriam numa cumplicidade e espírito fraterno. Cheguei a sentar-me no meio dos monges, que afavelmente me acolheram para uma foto de uma aula budista.
A cerca de 32km a sul de Bangkok há o Jardim das Rosas com inúmeras variedades de rosas e orquídeas.
Assistimos a um espetáculo de danças tradicionais tailandesas, lutas de espadas, folclore, espectáculos com elefantes e rituais de casamento tradicionais desta região. Muito colorido e exotismo nestas manifestações da cultura tailandesa.


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