domingo, 31 de agosto de 2014

PLACA FICOU "IMPECÁVEL"

Li no Diário de Aveiro

Texto de Margarida Malaquias
Foto de Paulo Ramos

Fernando José no seu trabalho

"Implacável. Fernando José ama demais a terra que o viu nascer para ficar indiferente à sujidade das placas de identificação de localidade e, por isso, ontem à tarde, pôs “mãos à obra” e, de esfregão e detergente em punho, decidiu dar um novo brilho à chapa que indica que ali acaba Ílhavo."



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DIA INTERNACIONAL DO BLOGUE




Hoje, domingo, 31 de agosto, é o Dia Internacional do Blogue. Boa ideia, sobretudo para quem, como eu, vive a blogosfera como um serviço de partilha de opiniões e de vivências, saboreando, empenhadamente, o dia a dia, repleto de alegrias, dúvidas, algumas tristezas, mas sobretudo com esperança num mundo muito melhor. Sempre pela positiva, que de palavras ocas, gestos sem sentido, contendas, guerras e crises estamos todos fartos.
Nunca me arrependi do tempo que dedico nos meus blogues, embora reconheça que podia fazer mais e melhor, em prol de uma sociedade mais justa e mais fraterna. Contudo, quero salientar que, com frequência, reflito sobre o que escrevo ou não escrevo, sobre o que devia fazer e não faço, sabendo, como sei, que a perfeição não é deste mundo.
A todos os meus amigos e leitores assíduos prometo que tentarei ser mais interveniente na sociedade, partilhando o que considero bom e denunciando, frontalmente, porém, com delicadeza, tudo o que é negativo, na minha ótica, prejudicando as pessoas e as comunidades. De todos espero sugestões, propostas, achegas e ideias.

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ANIVERSÁRIO DA PARÓQUIA DA GAFANHA DA NAZARÉ

FESTAS EM HONRA DA PADROEIRA




Hoje, 31 de agosto, a nossa paróquia comemora 104 anos de existência. Realmente, naquele dia de 1910, o Bispo-conde de Coimbra, D. Manuel Correia de Bastos Pina, procedeu à ereção canónica da paróquia da Gafanha da Nazaré, dando cumprimento ao decretado pelo Rei D. Manuel II em 23 de junho do mesmo ano.
Na altura, os enviados do bispo sublinharam que era vontade do povo que a padroeira fosse Nossa Senhora da Nazaré, como veio a acontecer, mas cujo culto desde os primórdios do povoamento, em data imprecisa, já era seguido.
A festa teve quase sempre o cunho profano-religioso, uma mistura de que as gentes gafanhoas não podiam prescindir. Aliás, as festas religiosas, que o cristianismo implementou, entroncaram nas festas pagãs, embora nem sempre com inteiro proveito para as vivências assentes na Boa Nova de Jesus Cristo.
Acrescente-se que as festas, que se realizam por norma no verão, depois das colheitas e outros trabalhos agrícolas, tem o condão de ajudar o povo a descontrair. É que, em tempos que já lá vão, não havia os divertimentos que hoje pululam por toda a parte.
Boas festas para todos.


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sábado, 30 de agosto de 2014

NOSSA SENHORA DA NAZARÉ

Festas em honra da Padroeira

Nossa Senhora da Nazaré

Ao celebrar-se este domingo, último do mês de agosto, a festa em honra de Nossa Senhora da Nazaré, achei por bem  transcrever o que há quatro anos publiquei a propósito da nossa padroeira, texto que incluí no livro "Gafanha da Nazaré - 100 anos de vida". Foi uma simples homenagem a Nossa Senhora, a quem os gafanhões de há mais de um século dedicavam uma enorme devoção.

«Permitam-me a ousadia de incluir neste capítulo [dedicado aos fundadores da paróquia e freguesia] a nossa Padroeira, Nossa Senhora da Nazaré. Foi pessoa como nós, mãe solícita do Filho de Deus e nossa mãe também, catalisadora da aproximação à Boa Nova de Jesus Cristo, sinal visível da ternura e do amor, auxiliadora dos aflitos, protectora dos navegantes, congregadora dos desavindos, inspiradora da verdade, da justiça e da paz. 
Ao certo, não se sabe como nasceu esta devoção pela Senhora da Nazaré. Terá alguma ligação à Palestina e à então Vila da Nazaré, onde D. Fuas Roupinho por ela foi salvo de morte iminente?


O PAPA DAS ENTREVISTAS

Crónica semanal de Anselmo Borges 
no DN de hoje

Antes do Concílio Vaticano II, o papa despachava com o secretário de Estado, cardeal, de joelhos diante dele. Nessa altura, o povo católico ainda via no papa uma espécie de Vice-Deus na terra ou, pelo menos, o seu Plenipotenciário. Juridicamente, ainda hoje é um monarca absoluto. Confesso que não foi indiferente para mim ter sido recebido por João Paulo II nos seus aposentos privados, ter-lhe estendido respeitosamente a mão e, aí, dizer no mais íntimo de mim: é apenas um homem.

COM SAUDADES DOS NOSSOS ARES

Pôr do sol na Figueira

O mês de agosto foi vivido, este ano, com algumas saídas, que me proporcionaram excelentes momentos de descontração,  reflexão e  lazer, de que guardo memórias felizes. Um pouco afastado das paisagens que me são familiares, as saudades não tardaram. Mas antes de regressar, o que aconteceu ao fim do dia de ontem, ainda pude registar esta imagem da Figueira da Foz à tardinha. É claro que será igual a tantas outras captadas nesta terra de ria e mar que nos viu nascer e nos acalenta com ternura.

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SABER SOFRER, O EXEMPLO DE PEDRO


Uma reflexão semanal Georgino Rocha

«A cruz da vida faz parte da nossa condição humana. Querer evitá-la a todo o custo é pretender o impossível e renunciar a ser pessoa no desabrochar das suas potencialidades. Tantas árvores ficam raquíticas porque não tiveram um vento temperado que as fustigasse para lançarem raízes profundas, engrossarem o tronco e expandirem a ramagem!
Há sofrimentos que representam a medida de uma vida verdadeiramente humana; constituem o companheiro incómodo do nosso caminhar. Há cruzes que surgem também quando damos as mãos em acções e projectos que pretendem defender a vida e promover a sua qualidade para todos.»

sexta-feira, 29 de agosto de 2014

FIGUEIRA DA FOZ: Uma cidade aberta ao turismo

CAE 
As marcas da Figueira antiga, das épocas mais diversas, encontram-se em cada esquina. Torna-se por isso muito interessante calcorrear as ruas e ruelas, sobretudo as das zonas mais velhas. E esses sinais da antiguidade podem ser apreciadas nas 18 freguesias do concelho que se estendem por 380 quilómetros quadrados. 
Podemos testemunhar que o concelho da Figueira goza de uma situação privilegiada quanto a paisagens, que vão dos areais que lhe dão fama e proveito, graças ao turismo, até ao interior, onde é fácil encontrar as belezas naturais com agricultura próspera. Junto ao oceano, há ainda a exploração do "ouro branco", o sal, que tem sofrido um incremento valioso com uma nova exploração de produtos salinos, nomeadamente a flor de sal e um vegetal denominado salicórnia. 
Da Figueira, permitam-me que destaque a Serra da Boa Viagem, de onde se contempla um panorama de rara beleza, com o mar a emoldurar os nossos horizontes.
Lê-se no livro "Figueira da Foz - Rotas do Concelho" que a proximidade do mar e a exposição solar "animam de simpatia e afabilidade os seus habitantes, acostumados, desde sempre, a receber e a conviver com outras culturas", onde também se sublinha a riqueza que representam as suas festas e romarias em torno dos padroeiros das freguesias deste bonito e apreciado concelho do centro litoral de Portugal.
No mesmo livro, que apresenta uma excelente síntese histórica e turística para quem visita de passagem ou em férias a Figueira da Foz, pode ler-se: "A partir de 1850 e até meados do século XX, o ímpeto empreendedor que impulsionou o crescimento da Figueira foi verdadeiramente notável." Por isso, não será de estranhar que ao longo dos tempos tenham surgido associações culturais, nomeadamente, o CAE (Centro de Artes e Espetáculos) o Museu Municipal (1894), o Casino (1884), que é o primeiro do país, o Coliseu (1895), afinal uma praça de toiros ainda em atividade, sobretudo no verão, entre muitas outras coletividades. 

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quarta-feira, 27 de agosto de 2014

MAIS UMA VEZ NA FIGUEIRA DA FOZ



De novo na Figueira da Foz com a minha Lita, para cumprirmos a missão de avós. Com prazer, diga-se de passagem. Com infantário encerrado para férias e descanso do pessoal, é preciso ficar com o Dinis, não como guardas, mas como avós e, ainda, como educadores atentos e disponíveis para o ajudar a crescer, tanto física como mental e espiritualmente, indicando-lhe caminhos assentes em valores que fazem parte da nossa matriz.
O ar que por aqui se respira é muito semelhante ao da nossa Gafanha da Nazaré, com mar à vista, vento quanto baste para nos lembrar por vezes as habituais nortadas dos nossos lados, mas também com a luminosidade que nos torna mais alegres.
Reli agora algumas passagens do livro "As Praias de Portugal" de Ramalho Ortigão, recentemente reeditado e com data da primeira edição de 1876, debruçando-me sobre o que diz respeito à Figueira, e cujo retrato feito pelo escritor é bem diferente do que hoje podemos constatar, como é natural. Diz Ramalho que "O passeio predilecto dos banhistas é a Palheiros, pequena povoação de pescadores, a meio caminho de Buarcos, onde se recolhem as redes da sardinha". E acrescenta: "A população dos banhistas na Figueira consta de duas camadas diferentes. No fim de Setembro retiram-se as famílias de Coimbra e algumas de Lisboa, e sucedem-se as dos lavradores da Beira, que vêm para esta praia, depois das colheitas, repousar dos trabalhos do campo." Depois sublinha que "As primeiras destas duas camadas não parece serem muito particularmente simpáticas à população indígena".
Ramalho garante que a população fixa frequenta a Assembleia Figueirense, enquanto a flutuante frequenta a Assembleia Recreativa, não havendo hostilidade, "mas existe uma forte emulação provinciana, que se descarrega muitas vezes em pequenos episódios dignos de Dickens ou de Balzac".
Estas notas de Ramalho fizeram-me lembrar que nas nossas praias da Barra e da Costa Nova havia algo de inédito. Os bairradinos vinham para ares, mar e sol depois das vindimas. E quanto à frequência das praias, a Barra era mais frequentada pelas gentes de Aveiro e a Costa Nova pelas de Ílhavo. Da Assembleia da Barra lembro que estava mais aberta à alta sociedade de Aveiro.

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VIAGEM À TAILÂNDIA: O NORTE DA TRIBOS EXÓTICAS

CRÓNICA DE VIAGEM DE MARIA DONZÍLIA ALMEIDA
Dia 9 de agosto, sábado


Partimos, de manhã, em direção ao norte da Tailândia conhecido pelas tribos exóticas que vivem nas montanhas com visita à aldeia das tribo Yao e Akha. O WaYao, ou Yao, é um dos principais grupos étnicos e linguísticos com base no extremo sul do lago Malawi, que desempenhou um papel importante na história da África Oriental durante os anos de 1800. Os Yaos são predominantemente um grupo de povos muçulmanos de cerca de 2 milhões espalhados por três países, Malawi, Moçambique e Tanzânia e são um dos grupos mais pobres do mundo. O povo Yao tem uma forte identidade cultural, que transcende as fronteiras nacionais.

segunda-feira, 25 de agosto de 2014

JOANA SOEIRO NA ALTA-RODA DO BASQUETEBOL



É preciso acreditar inteiramente 
nos nossos próprios sonhos

Não é todos os dias que nos chega a notícia de uma atleta da nossa terra que salta para a alta-roda do desporto, precisamente nos EUA. Pois foi isso o que aconteceu, há umas semanas, quando nos alertaram para o facto de uma jovem gafanhoa, Joana Soeiro, ter ingressado numa universidade americana para estudar gestão e jogar basquetebol, nos campeonatos universitários.
Na entrevista que nos concedeu, para além de se mostrar realista quanto ao futuro, a nossa conterrânea sublinhou, com sentido de oportunidade, que «Sonhar todos sonham, fazer acontecer é mesmo só para quem acredita inteiramente nos seus próprios sonhos». Daqui lhe enviamos os nossos votos dos melhores êxitos pessoais, académicos e desportivos. Entrevista conduzida, via e-mail, por Fernando Martins.

Como surgiu em ti o gosto pelo desporto, em especial pelo basquetebol?
Comecei a gostar do basquetebol porque o meu irmão se inscreveu para jogar pelo Gafanha e eu como quis seguir as pegadas dele em tudo o que fazia, pedi à minha mãe para jogar basquetebol também.

Como foi o teu percurso de atleta até à tua partida para os EUA?
Felizmente, recordo muito mais os momentos positivos do que os negativos. O meu primeiro título, inesquecível, foi o campeonato distrital contra a ADSanjoanense, ao serviço do Gafanha, há anos atrás; depois, a integração nos CNTs (Centros Nacionais de Treino; um deles no Colégio de Calvão) e consequentes convocatórias à seleção nacional. A estes, junto as subidas e manutenções na divisão A nos campeonatos da Europa (três medalhas de bronze) e, claro, a minha primeira época na Liga Feminina, onde adquiri, a favor do Algés, todos os títulos possíveis à exceção da taça da federação.

Começaste, ao que suponho, no GDG. Foi neste clube que sonhaste chegar ao mais alto possível?
Sim. Tive a sorte de passar pelas mãos de grandes treinadores, incluindo os meus dois anos de centro de treino. Juntando isto ao empenho e dedicação, treino após treino, o sucesso foi chegando e a vontade de ir mais longe também.



GAFANHÕES NA I GRANDE GUERRA


Há tempos tentei descobrir a participação de gafanhões na I Grande Guerra. Foi possível encontrar alguns nomes, mas fiquei com a ideia de que a lista está muito incompleta. Também não consegui saber se algum gafanhão faleceu nessa guerra. Gostaria de recomeçar a busca. Haverá por ai quem possa dar uma ajuda?




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ESCOLARIDADE OBRIGATÓRIA NÃO É GRATUITA

"O Governo devia repensar muito bem o que está a acontecer. Não podemos ter famílias sem rendimentos ou com valores tão baixos a pagar 300 euros em material escolar. São despesas astronómicas. Ao contrário do que se diz, a escolaridade obrigatória em Portugal não é gratuita"

Eugénio da Fonseca, presidente da Cáritas Portuguesa

Li aqui

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domingo, 24 de agosto de 2014

O DESCONTENTE

"Aquele que não se contenta com o que tem, 
não ficará contente com o que quererá ter"

Sócrates,
 filósofo

Li no PÚBLICO de hoje

UM POEMA DE JOSÉ TOLENTINO MENDONÇA





ESPLANADAS

Um sofrimento parecia revelar
a vida ainda mais
a estranha dor de que se perca
o que facilmente se perde
o silêncio as esplanadas da tarde
a confidência dócil de certos arredores
os meses seguidos sem nenhum cálculo

Por vezes é tão criminoso
não percebermos
uma palavra, uma jura, uma alegria

sábado, 23 de agosto de 2014

VIAGEM À TAILÂNDIA: UMA VERDADEIRA AVENTURA

CRÓNICA DE VIAGEM DE MARIA DONZÍLIA ALMEIDA
Dia 8 de agosto – 6ª feira





No final de cada dia, seguíamos as diretrizes da Norma, quanto ao vestuário e calçado a usar para que o dia seguinte fosse bem sucedido. Para hoje recebemos a recomendação de que deveríamos ir muito práticos pois esperava-nos um dia de aventura e muita emoção.
Partimos, de manhã, para Mae Ping e mal chegámos ao campo de elefantes, subimos para uma plataforma, donde montámos, em pares, diretamente para o dorso do elefante, numa cesta aí instalada. Íamos munidos de molhinhos de cana de açúcar, para premiarmos o esforço do paquiderme, durante o trajeto.
Seguimos em manada, para o rio, que os elefantes atravessaram em marcha pachorrenta mas regular e sem sobressaltos.
Foi uma verdadeira aventura, com a água a chegar à barriga do animal e nós, refasteladamente, a apreciarmos a selva, das alturas! Tudo correu segundo a Norma, exceto um pequeno e insólito incidente. Devido à excitação e movimentos largos de um companheiro de jornada, caiu-lhe, ao rio, o boné que lhe protegia a cabeça da canícula da selva. Sem se fazer esperar, imediatamente o tratador deu ordem ao elefante, que prontamente estendeu a tromba e resgatou o boné das águas barrentas do rio. Houve uma ovação geral o séquito continuou a marcha.

O MUNDO FANTÁSTICO DA INFORMÁTICA

UMA MÁQUINA DE ESCREVER PARA O iPad 2







Na passada semana, o mundo fantástico da informática surpreendeu-me com uma aplicação que mexeu com a minha nostalgia, pois ofereceu-me, a mim e a muitos outros, uma autêntica máquina de escrever, onde não faltam os sons característicos da velha ferramenta que nos permitia escrever letra de forma.
O autor da ideia e do projeto foi o ator Tom Hanks, que nunca conseguiu esquecer, suponho, as antigas máquinas, apesar das suas limitações. É claro que quis logo experimentar e cá estou a escrever, enquanto ouço as teclas a bater no "papel".
A App, denominada Hanks Writer, já está no top das mais populares da AppStore. Agora, o que é preciso é treinar, para escrever depressa. Não tem acentos, mas a aplicação dá a ajuda necessária.
Confesso que não conheço as aptidões científicas de Tom Hankd, mas não tenho dúvidas sobre a ideia do seu projeto, que acho muito interessante.


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RECEITA PARA SE SER FELIZ

Crónica de Anselmo Borges no DN

O que é que verdadeiramente queremos? Não há dúvida: ser felizes. Quanto a saber em que consiste a felicidade já não haverá unanimidade. Aristóteles escreveu: "Todos estão praticamente de acordo quanto ao bem supremo: é a felicidade. Mas quanto à natureza da felicidade já não nos entendemos." Julgo, porém, poder dizer-se que ela tem a ver com uma vida boa, realizada, de tal modo que daí resulta o contentamento da vida e com a vida.
E, claro, sempre se foram apresentando conselhos, receitas para alcançá-la. Agora, foi o Papa Francisco, em entrevista ao diário Clarín, de Buenos Aires. O jornalista Pablo Calvo: "Queria perguntar-lhe a si que, para lá de Papa, é químico: qual é a fórmula da felicidade?"

PERGUNTA CRUCIAL, RESPOSTA SUBLIME

Uma reflexão semanal de Georgino Rocha

O ser humano tende a fazer perguntas que saciem a sua curiosidade e fome de saber. É sinal dos limites da natureza finita e da aspiração infinita do seu espírito. Faz perguntas desde a mais tenra idade e sobre os mais diversos assuntos, chegando normalmente a interrogar-se sobre o sentido da vida, a identidade pessoal, a convivência em sociedade, o futuro após a morte, Deus, Jesus Cristo, Igreja, família.
Tem tendência a interrogar Deus, a pedir-lhe explicações dos seus actos, a julgá-lo no “tribunal da razão” pelas suas ausências e cumplicidades.
A pergunta do ser humano é um eco das perguntas que Deus lhe faz ao longo da história: Adão, onde estás? Caim, que fizeste do teu irmão? Povo meu, que te fiz eu? Responde-me – suplica por meio do profeta. E vós, quem dizeis que eu sou? – indaga Jesus aos seus discípulos.

JULGAR E AMAR AS PESSOAS


"Quem julga as pessoas não tem tempo para amá-las."

Madre Teresa de Calcutá
1910 - 1997

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sexta-feira, 22 de agosto de 2014

POSTAL ILUSTRADO: NAVIO-MUSEU SANTO ANDRÉ

MAIS DE 300 MIL VISITANTES EM 13 ANOS


O Navio-Museu Santo André tem sido, desde que ancorou no canal de Mira, junto ao Jardim Oudinot, um autêntico Postal Ilustrado da nossa terra e região, por se tratar de um exemplar representativo da pesca do bacalhau por arrasto lateral. A sua história, bem explicada no seu interior, com legendas, notas e vídeos, dá, sem dúvida, uma noção de como foi a vida a bordo durante as campanhas pesqueiras, com duas viagens anuais, sendo de registar que o Santo André foi campeão nacional da pesca por arrasto e um dos maiores do mundo, a nível de peixe pescado, no seu tempo.
O Navio-Museu Santo André é um polo do Museu Marítimo de Ílhavo. Nasceu em 1948, na Holanda, por encomenda da EPA (Empresa de Pesca de Aveiro, possuindo uma capacidade de carga de 20 mil quintais de bacalhau, salgado no porão, o que lhe enriquecia a qualidade e sublinhava o sabor.
Em 1997, foi abatido à frota bacalhoeira e estaria condenado a morrer sem honra nem glória, o que não seria justo para um campeão, mas nova vida assumiu, em 2001, como Navio-Museu, por acordo entre o armador do navio, António do Lago Cerqueira, Lda., (Pescas Tavares Mascarenhas, S. A.) e a Câmara Municipal de Ílhavo.
Ao comemorar seu 13.º aniversário, amanhã, 23 de agosto, é justo salientar que neste espaço de tempo já foi visitado por mais de 309 mil visitantes.

F.M.

VIAGEM À TAILÂNDIA: É BOM ESTAR DE FÉRIAS

Crónica de Viagem de Maria Donzília Almeida
7 de agosto – 5.ª feira




Já em Chiang Mai, saímos para a visita a um dos templos mais sagrados do norte, na montanha de Doi Suthep. Tem 1676 m de altura e é um pico gémeo de montanha granítica de Chiang Mai ocidental. O outro pico é conhecido como Doi Pui e é ligeiramente mais alto, 1685.
Acabada a visita a mais um templo budista, onde o espírito se eleva nas alturas, partimos para um verdadeiro paraíso terrestre…especialmente para as senhoras que integravam esta excursão - Quinta das Orquídeas- as flores mais típicas da Tailândia, símbolo do país. Aqui, sim, foi um espetáculo de luz e cor, com tudo o que se pode imaginar sobre tão apreciada quanto exótica cultura. Desde os preparativos para a plantação e tratamento das flores, os materiais a utilizar, os processos de envasamento e proliferação, tudo aí era apresentado ao turista e apreciador desta espécie. Visitámos os longos corredores de orquídeas que aqui não precisam de estufa. O meio ambiente natural proporciona a estas flores raras, a temperatura, a humidade, na dose certa das suas necessidades. O clima tropical da Tailândia é o céu aberto a criar vida e beleza deslumbrante. Nunca até agora tinha deparado com toda esta exuberância de plantas e tanta diversidade. Foi colírio para os olhos cansados de noites mal dormidas e ávidos de tranquilidade.

quinta-feira, 21 de agosto de 2014

VIAGEM À TAILÂNDIA: O CULTO DA DIVINDADE

Crónica de Viagens de Maria Donzília Almeida
Dia 6 de agosto 4.ª feira



Fomos visitar Phitsanulok, uma cidade histórica e capital da Tailândia durante 25 anos. É uma das mais antigas cidades tendo sido fundada há mais de 600 anos.
Aí visitámos o templo Wat Phra Sri Ratana fundado em 1357 pelo rei King Maha Thammaradscha I de Sukhothai. Aqui se encontra uma das mais veneradas imagens do Buda, na Tailândia. O templo é muito famoso pois tem a imagem do Buda de ouro chamada “Phra Phuttha Hinnarat”, considerada pelos tailandeses a mais bela imagem de Buda de todo o país. Esta imagem foi fundida em bronze e mais tarde em dourado.
Verifica-se um grande fervor no culto da divindade, perante a qual os crentes se curvam tocando com a cabeça no chão. Daí a necessidade de o manter sempre limpo e brilhante. Normalmente, o chão é um xadrês de rico colorico, em boa harmonia com o fausto do tmplo e uma carícia aos turistas de pés descalços! Também lhe trazem oferendas de toda a espécie, quase como sendo um ser vivo e com características humanas.

SANTO ANDRÉ CELEBRA ANIVERSÁRIO



O Santo André, construído em 1948 e abatido à frota em 1997, ressurgiu em 2001 como Navio-Museu. No próximo dia 23 de agosto, será celebrado o seu 13.º Aniversário, pelo que é conveniente participar nas cerimónias, com o objetivo de se ficar com uma ideia mais completa da história do Santo André e da pesca do bacalhau por arrasto. O Navio-Museu já recebeu mais de 309 mil visitantes.

IGNORANTE E SÁBIO

"Ninguém é tão ignorante que não tenha algo a ensinar. Ninguém é tão sábio que não tenha algo a aprender."

Blaise Pascal, 1623 - 1662


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quarta-feira, 20 de agosto de 2014

COSTA NOVA: ARRAIS OLHANDO O MAR

Arrais olhando o mar
O Desafio do Arrais




AH! MAR!

Cabes inteiro no meu cachimbo
Quando louco espumas de raiva,
E te dobras alevantado
Olhando-me espantado!

Bebo-te de um gole.
Embebedo de ti os meus olhos
Na esperança de ser gaivota
A medir as braças do teu infinito,
Para então te dizer...
Afinal... OH MAR!
És tão pequenito...

Senos da Fonseca,
no livro "MARESIAS"


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LEÕES E OVELHAS

"Um exército de ovelhas liderado por um leão 
é capaz de derrotar um exército de leões
liderado por uma ovelha"

Provérbio africano

Citado por Mia Couto
no livro "A confissão da leoa"


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ESCRAVOS DOS NOSSOS DIAS

Há vidas incríveis. Vidas de gente horrível, esclavagista, exploradora do ser humano. Gente sem alma, sem regras nem lei. E vidas de gente sofredora, escrava, explorada, sacrificada, tratada como animais.  Isto em pleno século XXI. Houve condenações e libertações. Pergunta-se: Como é possível tanta maldade e tanto sofrimento?



OS CHAMADOS "RETORNADOS"

Embarque no porto de Luanda (foto do OBSERVADOR)


No OBSERVADOR li um pouco da longa história dos que há 40 anos regressaram ao país das suas origens  [Portugal]. Não sei se a história já conseguiu identificar o número, mas fala-se em mais de um milhão. Muitos chegaram  com a roupa que traziam vestida e com uns trocos que o Governo lhes deu. Bastantes necessitaram de alojamento e alimentação, mas muitíssimos souberam adaptar-se e lutar com êxito pelo sucesso, mostrando enorme força de vontade e de capacidade. Foram exemplo para os acomodados que em Portugal sempre existiram. «Chamaram-lhes desalojados, regressados, repatriados, fugitivos, deslocados ou refugiados. Finalmente, em meados, de 1975 tornar-se-ão retornados. O nome colou-se-lhes. Ficaram retornados para sempre. Como se estivessem sempre a voltar.»

O SENTIDO DE HUMOR DO PAPA FRANCISCO

«OS BURRINHOS NÃO ENTRARAM?»



«O Papa Francisco saudou hoje uma família francesa presente na audiência pública semanal que peregrinou a Roma de burro.
“Gostaria de cumprimentar a bela família francesa que estava à entrada da sala, vinda de França com dois burrinhos. Seis Filhos!”, disse, num improviso, durante o encontro que decorreu na sala Paulo VI.
A família Blaise, composta pelo pai Quentin, a mãe Ingrid e por seis filhos (Leopold, 11 anos; Ferdinand, 10; Theodore, 7; Constance, 5; Joseph, 3; Zelie, 9 meses), percorreu o caminho de Avinhão a Roma no dorso dos dois jumentos e a pé.
“Os burrinhos não entraram?”, gracejou Francisco, dirigindo-se à família, no fundo da sala.
“Que Deus vos abençoe”, concluiu.»

Li aqui

NOTA: Impensável antes do Papa Francisco. 

terça-feira, 19 de agosto de 2014

VIAGEM À TAILÂNDIA: UM DESAFIO PERMANENTE AOS SENTIDOS

Crónica de viagem de Maria Donzília Almeida
Dia 5 de agosto – 3.ª feira




Para aproveitar o tempo ao máximo, partimos bem cedinho, em direção ao norte, para a visita a Bang Pa In, antigo palácio do rei Rama V, construído no século XVIII. É um lugar de beleza incomum, com jardins luxuriantes e uma fabulosa harmonia entre arquitetura europeia e oriental.
Apesar do sufocante calor tailandês, percorrermos todos e cada um dos lugares do recinto que abriga o incrível Palácio Bang Pa-In, com destaque para o Palácio Real, o Pavilhão Tailandês e o Palácio Vihat Chamrum.
Nos locais de culto do Buda, entra-se descalço e com os ombros cobertos, numa atitude de respeito e veneração da divindade. Na Tailândia, sê budista!
Uma história famosa está associada a este palácio: a morte da Rainha Sunanda e sua única filha, Princesa Karnabhorn Bejraratana em 1881.


UM VELHINHO DA MINHA INFÂNCIA

Ponte da Cambeia

Hoje, recordei aqui uma estória que teve por pano de fundo o regueirão e a ponte da Cambeia. Sem qualquer presunção nostálgica, não temo evocar de vez em quando os meus afetos que são, decerto, o substrato da minha personalidade.

segunda-feira, 18 de agosto de 2014

VIAGEM À TAILÂNDIA - EXOTISMO DA CULTURA

Crónica de Viagens de Maria Donzília Almeida
Dia 4 de agosto – 2.ª feira

Aula budista

De manhã, partimos em direção ao sul de Bangkok para a província de Samut SongKram, no delta do Rio Mekong. No caminho, fizemos uma paragem numa quinta de produção de cocos, para apreciar tudo o que se pode fazer a partir do coco: doces vários e uma panóplia de artefactos. Os animais de várias espécies conviviam com os trabalhadores, em harmonia e interação. Encantei-me com um esquilinho que fazia as suas habilidades e conquistava o interesse e a bolsa dos turistas. Quis trazer um, mas garantiram-me que ele fugiria do meu bosque, em três tempos. Estava preso por uma finíssima corrente por entre os cocos, onde comia e bebia o leite de coco por uma palhinha! Um encanto miniatural.

FESTIVAL DO BACALHAU FOI UM SUCESSO

Paulo Costa no Festival


«Sem avançar números, o que posso dizer é que esta ideia foi um sucesso. Pensámos num programa diferente para ocupar todo o dia, tínhamos como objetivo uma tendência nacional e ibérica e se pensarmos num festival com programa cultural forte, tudo isso foi alcançado. A agradabilidade das pessoas e os dados avançados pelas associações – o almoço de domingo foi o melhor dia de sempre – são a garantia de que este festival foi um grande sucesso.»  Isto mesmo foi dito pelo vereador do pelouro do Turismo da CMI, Paulo Costa, à Rádio Terra Nova.

NOTA: Este ano, não fui ao Festival do Bacalhau. Não por  falta de motivação, mas pela  necessidade de ficar por casa, na tranquilidade de uma vida um tanto ou quanto ao lado do burburinho de quem festeja momentos como este. Não faltarão outras ocasiões para sentir o palpitar da alegria do povo em pleno verão, que as crises não podem matar completamente o homem e a mulher do nosso tempo. Contudo, gostei de saber que tudo correu bem, com inovações ao nível da programação. No próximo ano, tentarei fazer um esforço para passar pelo Festival.

PAPA FRANCISCO JÁ REGRESSOU A CASA

Na Coreia do Sul, Papa deixa "recados" para todos



«O Papa encerrou hoje uma visita de cinco dias à Coreia do Sul, marcada por apelos ao diálogo com todas e culturas e regimes políticos, bem como por encontros com jovens e a beatificação de 124 mártires.
Estas figuras da primeira geração de católicos coreanos, mortos entre 1791 e 1888 por causa da sua fé, foram apresentados por Francisco como referências para as atuais comunidades cristãs no seu esforço de contribuir para promover a paz e os valores humanos no país e no continente asiático.»

Ler tudo aqui

UM ALUNO DA MANTA ROTA

Fernando Neves, Veríssimo Salvador,
Lucílio Marçalo e Hélder Mateiro

Recordo aqui um antigo aluno da Escola da Chave, que veio, com a família, para a Gafanha da Nazaré, há 50 anos. Veio da Manta Rota e no dia 2 de agosto fez parte do grupo de antigos alunos meus de há meio século que tiveram a gentileza de me convidar para um almoço no restaurante Traineira.

sábado, 16 de agosto de 2014

MULHER CANANEIA

Reflexão semanal de Georgino Rocha



Mulher cananeia, há muito que queria enviar-te uma mensagem de saudação e estima pessoal. Mas só agora descobri o teu email: grande.fe@cananeia.ts Sou um padre católico, que lê com frequência os textos sagrados. Em dois deles, é narrado o teu encontro com Jesus de Nazaré. Marcos e Mateus são os seus autores e descrevem de forma maravilhosa o teu desejo apaixonado e lúcido.

Tudo começa, como bens sabes, pelo tormento atroz em que vives o sofrimento cruel da tua filha. Grande coração de Mãe! Quantas voltas terás dado à imaginação impulsionada pela força do amor materno! Quantas tentativas terás feito para encontrar quem vos pudesse valer! Quantas hesitações terás vivido, antes de te decidires a ir ter com Jesus de Nazaré, tu que pertencias à raça dos excluídos das bênçãos de Deus, segundo as leis judaicas! Venceste-te e, por isso, alcançaste o que tanto desejavas. Parabéns!


CHINA E FUTURO DO CRISTIANISMO

Crónica semanal de Anselmo Borges no DN

Ele há aqueles experimentos mentais que não são propriamente inúteis, pois levam-nos a ir mais longe. Penso, por exemplo, no que teria acontecido ao cristianismo se, logo no início, em vez de passar do mundo semita para o mundo greco-romano, tivesse caminhado para a Índia e China. Teria de si hoje outra compreensão e a história do mundo seria diferente.

O que é facto é que essa inculturação do cristianismo na cultura e religião chinesas poderia ter-se dado no século XVI, por influência do génio do jesuíta Matteo Ricci, não fora a cegueira do Vaticano, que interveio desgraçadamente, impedindo essa síntese entre o Evangelho e a cultura milenar do povo chinês. De qualquer forma, Ricci e Marco Polo são os dois estrangeiros recordados por Pequim entre os grandes vultos da China.

VIAGEM À TAILÂNDIA: PARA COMEÇAR EM BELEZA

Crónica de viagem de Maria Donzília Almeida
Dia 3 de agosto – domingo

Barcos reais 

Para começar em beleza, foi muito agradável o voo na Emirates, até ao Dubai, onde a conversação com um jovem angolano, nascido no fervor pós-revolucionário, em 1975, animou e encurtou o tempo da viagem, de quase oito horas. Quando inquirido sobre o nome, respondeu para grande espanto meu, que se chamava Lenine! Com 38 anos de idade tinha já uma experiência de vida muito vasta e marcada pelas atribulações de um país emergente duma guerra colonial sangrenta e fratricida. Falou com entusiasmo e nostalgia dos seus tempos de infância, passados em Angola.
A conversa fluiu durante quase todo o voo, a partir da ajuda que me deu, para colocar a bagagem de mão num nível superior a que a minha baixa estatura não me dava acesso.
O que mais me cativou neste meu interlocutor foi o seu sentido de gratidão para com a madrinha que o criara e a quem ele reconhecia o papel de mãe. Ia visitá-la. A pulseira de ouro que iria comprar-lhe ali, no tax free shopping, seria a prova material do seu agradecimento.
Fizemos escala no aeroporto do Dubai, sentimos o fausto e o glamour dum país de sonho, onde um Porshe era exibido para sorteio, aos compradores que atingissem determinado montante de compras. Ainda pensei candidatar-me (!?), incentivada pelo Lenine na compra de um anel de brilhantes!
Prosseguimos viagem até Banguecoque, uma das cidades mais impressionantes do mundo, conhecida como “A Cidade dos Anjos”.


ESTÁ NA "ORA" DE "AQECER" O "XÁ". E ESTA HEM?

No Brasil, também se discorda do Acordo Ortográfico. 
E até já há quem seja mais radical


«Não são apenas os portugueses que se queixam do novo acordo ortográfico: do outro lado do oceano, os brasileiros também estão insatisfeitos com as novas regras de português e preferem a versão pre-AO. Mas há um grupo curioso, que engloba aqueles que consideram que o acordo deveria ter sido mais radical, tornando a Língua Portuguesa ainda mais simples.
Imagine que se decidia, simplesmente, eliminar a letra “h” do início das palavras – “oje” ou “omem”, como já acontece em “úmido” na ortografia brasileira. Porque é difícil explicar porque é que às vezes o “s” soa a “zebra”, passamos também a palavras como “cazamento”, “ezato” e “tezoura”.
Já agora, podemos também retirar o “u” depois do “q”, que nos deixaria palavras como “qeijo” ou “aqele”. O “ch”, tão chato, deixaria de existir, surgindo vocábulos como xá, xuva e xato - que, convenhamos, já são familiares para muitos dos utilizadores de chats na Internet.»

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sexta-feira, 15 de agosto de 2014

O QUE ME ACONCHEGA...




Em dias de canícula, não muito frequentes, diga-se de passagem, é este ambiente florido e verdejante do meu jardim que me aconchega e me anima para aguardar, com esperança tantas vezes renovada, o verão de 2014. Já chegou, dirão alguns, mas a verdade é que eu gostava de não sentir vento revestido de frio. Bom tempo para estes tempos de férias. 

quinta-feira, 14 de agosto de 2014

ALJUBARROTA

14 de agosto de 1385




Com a vitória na Batalha de Aljubarrota, as tropas portuguesas, comandadas por D. João I de Portugal, garantiram a continuidade da independência do nosso País, face às ameaças de Castela. Terminou nesta data a chamada crise de 1383-1385.

FELICIDADE

"O mais feliz dos felizes é aquele que faz os outros felizes."

Alexandre Dumas, 
1802 - 1870

VIAGEM À TAILÂNDIA

Crónica de viagem de Maria Donzília Almeida
02.08.2014- Sábado



Uma viagem à Tailândia é uma verdadeira aventura, começando logo pela distância que nos separa e que corresponde a um voo de catorze horas, com uma curta escala no Dubai.
Partimos no sábado e só chegámos no domingo, com uma diferença de 6 fusos horários, causando o tradicional jet lag…
O reino da Tailândia, anteriormente conhecida como Sião, até meados de 1949, é um país situado no sudeste asiático no centro da península da Indochina e na península Malaia. É limitado a norte por Mianmar e Laos, a leste por Laos e Camboja, a sul pelo golfo da Tailândia e pela Malásia, e a oeste pelo mar de Andaman e pela extremidade sul de Mianmar.
O vale do rio Mekong era já habitado há uns 10.000 anos; os primeiros agricultores do mundo e talvez os primeiros a trabalhar o metal falavam Thai (tailandês) de uma forma primitiva e viviam no território que é hoje ocupado pela Tailândia. O arroz cultivava-se nas zonas de Bang Chiang e Bang Prasat, no Noroeste, cerca do ano 4.000 a.C. A cultura de Bang Chiang conheceu a metalurgia do bronze antes do ano 3.000 a.C…


POSTAL ILUSTRADO: PORTO DE PESCA LONGÍNQUA


Por vezes, tenho saudades de imagens como esta que ilustram um período áureo da nossa frota pesqueira. Esta imagem, que faz parte do meu arquivo fotográfico, é igual a tantas outras que retratam os navios em tempo de espera de ordens para a partida, rumo aos pesqueiros da Terra Nova e Gronelândia. Nessas épocas, antes da derrocada da nossa frota por determinação de leis comunitárias, havia trabalho para todos, assim houvesse vontade. Eu sei que, apesar disso,  havia a emigração, uma alternativa a quem desejava ganhar bastante mais, fenómeno que dificilmente se compreendia. Por que razão os marítimos portugueses, operando nos mesmos mares, ganhavam, por exemplo, muito mais na Alemanha do que em Portugal?

PAPA FRANCISCO NA COREIA

Papa apela à reconciliação na península coreana


«O Papa Francisco apelou hoje em Seul à reunificação na península coreana, dividida desde 1953, e realçou a importância da paz na região para todo o mundo. “Exprimo o meu apreço pelos esforços feitos a favor da reconciliação e da estabilidade na Península Coreana e encorajo tais esforços, que são o único caminho seguro para uma paz duradoura”, declarou, num inédito discurso em inglês perante autoridades políticas, sociais e religiosas na residência oficial da presidente sul-coreana, Park Geun-Hye.»

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quarta-feira, 13 de agosto de 2014

A HISTÓRIA DO MUNDO NUNCA SE FARÁ À MARGEM DA EMIGRAÇÃO

Bispo do Porto no Santuário de Fátima



«O Bispo do Porto, que conhece, “por experiência”, o que é “ser emigrante com os emigrantes”, dirigiu-se, esta terça-feira, na homilia da vigília da peregrinação aniversária de Agosto, a todos os peregrinos reunidos na “mesa comum da família” - o Santuário de Fátima -, evocando a experiência humana da emigração, os “caminhos feitos de sonho e aventura”, na procura de uma “vida digna” e de um “trabalho honesto”. 
Na sua homilia, D. António Francisco dos Santos fez alusão à primeira leitura da Eucaristia, um excerto do Livro do Deuteronómio, para referir que também o povo de Deus foi “povo emigrante” no Egipto, foi “estrangeiro e escravo”, e que, por isso, “não pode ignorar o dever de cuidar dos estrangeiros com justiça e de os acolher com largueza de coração”.»

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terça-feira, 12 de agosto de 2014

FESTIVAL DO BACALHAU ABRE PORTAS AMANHÃ

JARDIM OUDINOT - GAFANHA DA NAZARÉ


O Festival do Bacalhau abre portas amanhã, quarta-feira, pelas 17.30 horas, prolongando-se até domingo. Espera-se que muitas dezenas de milhares ou mesmo centenas de milhares de visitantes animem o Jardim Oudinot, Gafanha da Nazaré, numa inequívoca manifestação de apoio a esta festa em boa hora lançada pela Câmara Municipal de Ílhavo.
Sei que muitos não terão possibilidades de degustar o apetitoso fiel amigo, mas estou em crer que a grande maioria poderá petiscar uma carita frita, uma pantanisca ou um bolinho de bacalhau.
O Festival, pela programação que tem vindo a ser divulgada com apetites para todos os gostos, vai ser um êxito, mormente nestes tempos de crises que impossibilitam a vivência de férias que muitos gostariam de ter.
Como manda a tradição, passarei por lá para ver como passam as modas, mas também para apoiar, ao menos simbolicamente, quantos tornam possível este Festival que atrai gentes de todos os quadrantes.

Foto cedida pela CMI

Consultar o site da CMI: cm-ilhavo.pt

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O AMOR

«Não há amor que mais facilmente perdoe, e mais benignamente 
interprete e dissimule defeitos, que o amor de pai.»

Pe. António Vieira, 
1608 - 1697


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segunda-feira, 11 de agosto de 2014

NELSON ÉVORA TEM MUITA RAZÃO

Já há muito se sabe que no nosso país há atletas de duas ou mais categorias: os filhos, os enteados e os ignorados. O atleta Nelson Évora falou sem papas na língua... Os meus parabéns.

Ver aqui


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A MAIOR LUA

Se não viu a grande Lua, aproveite agora...


Ver a Lua aqui


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sábado, 9 de agosto de 2014

IMAGENS DA SERRA DO CARAMULO

Espigueiro em bom estado de Conservação


Casa de habitação, ao que suponho

Penedos 

Aldeia típica

Aldeia típica

Imagens registadas em dia assinalado por um silêncio impressionante. Pouquíssimos carros e pessoas. Um ou outro rebanho ao longe. Para além do casario velho e em desuso, raro e isolado, algumas habitações de emigrantes e de gente de posses. Nas povoações mais populosas, como S. João do Monte, que fiz questão de visitar, o mundo é diferente. De S. João do Monte veio há uns 40 anos um pedreiro já idoso aplicar as pedras do meu fogão de sala. Em minha casa, com um cinzel,  talhou as pedras, para não ficarem lisas.  Foi-me indicado pelo senhor Manuel Catraio, que conhecia meio mundo. Desta povoação falou Jaime de Magalhães Lima no livro em que descreve a serra do Caramulo como a mais bonita de Portugal. 
É impressionante a forma isolada de viver dos moradores "perdidos" na serra, sem quase nada à mão. 

BISPO PORTUGUÊS COM FRANCISCO

ANSELMO BORGES NO DN

Nasceu em Lisboa em Maio de 1514. Celebra--se, portanto, este ano o V Centenário do seu nascimento. Refiro-me a frei Bartolomeu dos Mártires, arcebispo de Braga e, em tempos conturbados, participante no Concílio de Trento. Um bispo que se tornou ilustre pelas virtudes, pelo amor a Deus e aos homens, sobretudo aos mais pobres, e pela força de reforma da Igreja, a começar por quem está mais alto: cardeais, bispos, Cúria. Se vivesse hoje, aplaudiria, de coração, Francisco, pois foi com um Papa como ele que terá sonhado.

OS HOMENS SÃO COMO AS VELAS

"Há homens que são como as velas; sacrificam-se, 
queimando-se, para dar luz aos outros."

Pe. António Vieira, 1608 - 1697


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quinta-feira, 7 de agosto de 2014

49 ANOS DE MATRIMÓNIO




Hoje, em plena serra do Caramulo, na paz que ela nos proporciona, pudemos celebrar os nossos 49 anos de matrimónio. Com o espírito aberto à certeza de quem nem tudo foi um mar de rosas, pois alguns espinhos nos feriram na caminhada da vida, recordámos imensos momentos felizes que nos moldaram a coragem necessária para permanecermos fiéis aos testemunhos dos nossos antepassados, sempre numa perspetiva de os legarmos aos nossos descendentes.
Felicidades para todos.

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quarta-feira, 6 de agosto de 2014

CARAMULO: MONTES, VALES, PEDRAS, PAISAGENS

TENDO JAIME DE MAGALHÃES LIMA
COMO CICERONE HÁ UM SÉCULO


Caramulinho

Caramulinho - Pedra com arte

S. João do Monte: Igreja Matriz, Casa e Espigueiro

Por montes e vales, hoje segui rotas de Jaime de Magalhães Lima com data de 14 de setembro de 1914. Não a pé e de mochila às costas, com "um cesto de provisões que nos renove as forças e a gula, lá por uma qualquer quebrada tranquila onde paramos para uma curta sesta, enquanto não chega o tranquilo descanso da pousada da noite", mas de carro sem GPS, ao jeito de quem quer apreciar a natureza sem pressas nem baias.


Restos de Casa

E transcrevo um pouco da bonita e sentida prosa daquele ilustre aveirense:

"Durante o dia, em uma caminhada de umas nove horas bem contadas, explorámos a serra. Subindo ao cimo do Caramulo pelo Cadraço ainda no pendor oriental da montanha, descemos pelo lado do poente seguindo por Almofala e Dornas até S . João do Monte. De lá subimos novamente a Paredes por Espírito Santo de Arca e Varziela que apenas tocamos muito de perto, sem entrarmos no povoado. Ao fim, quando ao cair da tarde nos acolhemos de novo no repouso da nossa esmerada e linda pousada de Paredes, contávamos as riquezas que havíamos colhido, os muitos e salutares ensinamentos que os montes nos segredavam, os esplendores com que os seus caprichos e fulgores nos haviam alegrado os olhos, o vigor com que nos retemperavam o corpo nos esforços que lhe exigiam; e entretanto narrando com entusiasmo as proezas, e entre o desvanecimento das riquezas que conquistávamos e íamos cultivar, acrescentar e meditar com a nossa lembrança e reflexão, sentimos a vitória da desactivada e boa natureza que em breves horas tínhamos de deixar. Começavam as saudades; nem o cansaço e a mortificação de uma jornada penosa e prolongada por córregos escabrosos impediam a antecipação das mágoas do afastamento que se aproximava."


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terça-feira, 5 de agosto de 2014

CARAMULO: ARES, MUSEUS, PESSOAS



1 - Depois do percurso livre pela A25, seguimos em direção ao Caramulo atravessando aldeias com nomes ancestrais por estradas sinuosas, mas com bom aspeto. Os ares puros, que há décadas embalaram uma famosa estância destinada a doentes tuberculosos, entretanto desativada por falta de clientes, que a terrível doença foi grandemente debelada, fizeram-me respirar mais fundo. O arvoredo, com montes e vales no cenário, mostrava-se verdejante. E chegámos sem dificuldades de maior ao destino.
No almoço retemperador, tivemos em conta os conselhos dos filhos, mais sabidos nestas coisas do que nós: nos restaurantes do litoral, com mar à vista, como peixe; na serra, opta pela carne. E comemos vitela à Lafões. Estava saborosa.
Já refeitos da viagem, que sempre nos cansa, olhámos à volta e contemplámos a serenidade do ambiente. Sol luminoso, pouco vento e vontade de nos pormos a caminho à cata de paisagens que encantam.
Li um folheto promocional destas terras que diz assim: "O Caramulo, situado a 1076,57 metros de altitude, é o destino de montanha que encanta o coração de todos os que lá passam"; e logo nos convidam "a vir explorar este segredo esquecido no tempo". E acrescenta: "Ao subir a Serra do Caramulo somos invadidos por sensações e cheiros de uma beleza sem igual."


2 - A seguir fomos para os museus do Caramulo. O de arte, com a curiosidade de ostentar obras oferecidas por artistas e colecionadores. Como habitualmente, saí mais enriquecido. Um Picasso lá estava com toda a sua fama, entre peças de Antigo Egito e dos nossos dias. São mais de 500. No primeiro piso, carros antigos de fórmula 1 ou aparentados, cujos proprietários eram figuras bem conhecidas, mas ainda tivemos a oportunidade de apreciar coleções de miniaturas. Até imaginei o meu neto Dinis no meio daquilo tudo a proclamar alto e bom som que aqueles carrinhos todos "eram os seus preferidos". Hoje comprámos-lhe um avião daqueles que arrancam em grande velocidade. Amanhã pode ser o carro...
Do outro lado da rua, com o mesmo bilhete da terceira idade, os nossos olhares fixaram-se nos carros antigos, de várias marcas e modelos, que ainda hoje nos deixam de boca aberta quando passam pelas nossas estradas todos vaidosos. Os do Salazar, um dos quais que ele se recusara a usar por ter sido encomendado sem sua autorização. Mas o mais curioso é que pudemos ver o mais antigo de Portugal, um Peugeot Type 19, em perfeitas condições de circulação.
Em junho de 1995, venceu a prova Bordeaux - Paris, reservada a automóveis fabricados no século XIX.

3 - No Museu do Caramulo está exposta uma coleção de 100 bengalas, oferecida pelos herdeiros do Dr. José Júlio César, amigo de Jaime de Magalhães Lima. Diz o nosso escritor e homem da cultura de Aveiro que o Dr. José Júlio César era "apóstolo infatigável e benemérito da beleza do Caramulo". E refere que a lenda cativante da Senhora do Livramento, "devotamente venerada na sua capelinha, próximo de S. João do Monte e das suas alturas da Urgueira", foi colhida e divulgada pelo Dr. José Júlio César.


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ARES DA SERRA — CARAMULO


"Entre Pastores e nas Serras"



A partir de hoje e durante alguns dias estou em pleno com ares da serra. Fui para ares, como se dizia na minha meninice e juventude, o que significava para nós, os da beira-mar e beira-ria, passar uns dias na serra. O contrário também era verdade. Depois das vindimas, era certo e sabido que as nossas praias registavam a afluência das gentes bairradinas.


Este ano optei pelo Caramulo, de que guardo gratas recordações de visitas guiadas por amigo muito próximo nas terras caramulanas. Por lá andei, diversas vezes, calcorreando montes e vales por estradas de pouco uso automóvel e passando por aldeias aconchegadas em solos porventura mais férteis. E recordo que, numa dessas andanças, até parámos num café para lanchar, não se vislumbrando casario à volta. Qual não é o meu espanto, mal nos sentámos, logo o café foi invadido por homens que também petiscaram com "finos"  para refrescarem as gargantas secas pelo calor e trabalho duro. A explicação foi fácil: trabalhavam em obras e na floresta. 

Para conhecer um pouco melhor o Caramulo, busquei nas minhas estantes um livrinho que há anos me encantou, para me servir de cicerone. Trata-se de “Entre Pastores e nas Serras”, de Jaime de Magalhães Lima, editado pela Portucel em 1986, graças à revisão e prefácio de Mons. Aníbal Ramos, com capa de Jeremias Bandarra. 

O autor, porventura um dos pioneiros na arte e ciência da ecologia, «Calcorreou em várias direções as serras do Gerês, da Freita, da Gralheira, das Talhadas, do Marão e da Estrela. Mas a mais linda e a mais nobre era o Caramulo», no dizer de Aníbal Ramos no Prefácio. E acrescenta: «Percorreu o Caramulo em todos os sentidos, quer pelo caminho mais linear passando por Bolfiar, Castanheira e S. João do Monte, quer pelo Préstimo e Cabeça do Cão, quer de nascente para poente por Tondela e Guardão, quer indo pelo caminho de ferro até Vila Chã, perto de Oliveira de Frades, e depois, de caleche e a pé, por Pereiras, Campia, Alcobra e Paredes.»

As notas entretanto escritas ficaram na gaveta e assim permaneceram como tantas outras, e foi por deferência dos seus netos que este livro se tornou possível. E será com “Entre Pastores e nas Serras” que descansarei no Caramulo, sem descurar o encontro possível com locais, paisagens e vivências de Jaime de Magalhães,  na linda serra do Caramulo. Diariamente, se nada houver que mo impeça, farei referência ao que topar pelo caminho

5 de agosto de 2014



sábado, 2 de agosto de 2014

UM DIA PARA MAIS TARDE RECORDAR

Encontro com alunos de há 50 anos

De joelhos: Vítor Teixeira e Hélder Mateiro; De pé, da esquerda para a direita:
 Cândido Rocha, Fernando Neves, Fernando Batista, Carlos Teixeira,
Lucílio Marçalo, Veríssimo Salvador e Eduardo Neves;
Ao centro, eu próprio


Hoje vivi um dia para evocar memórias, celebrar a amizade e partilhar a camaradagem.  Um grupo de alunos meus de há meio século teve a gentileza de me convidar para um almoço de convívio no restaurante Traineira. Marcaram presença nove antigos alunos da Escola da Chave, exibindo as marcas inevitáveis do tempo. Patente em todos, contudo,  a alegria de viver, a palavra fácil, o sentido da partilha e o prazer do humor espontâneo. Uns aposentados e outros ainda no ativo, porque parar é morrer. 
Para memória futura, aqui ficam os seus nomes:

Carlos Teixeira 
Vítor Teixeira
Cândido Rocha
Hélder Mateiro
Lucílio Marçalo
Veríssimo Salvador
Fernando Neves
Eduardo Neves
Fernando Batista

Sublinho, como nota importante, o esforço feito pelo Veríssimo Salvador, de Manta Rota, Algarve, que não vinha à Gafanha da Nazaré há 15 anos. 

Entretanto, veio a informação dos que já faleceram e cuja evocação sentida foi feita por quem mais de perto os conheceu:

Manuel Carlos Roque
Manuel Carlos Gonçalves
Rogério da Costa Pereira
António Soares
João José Cardoso
Carlos Alberto Ferreira Novo
Carlos Manuel Vidreiro Ramos
Júlio Ribau

Os que não puderam participar no encontro, por endereço desconhecido ou por questões profissionais, também foram recordados:

Ferrer Vidreiro Duarte (Telefonou de França no momento do convívio com palavras amigas que caíram muito bem no meu coração e no grupo)
Celso Alves Pinto (Chega em breve a Portugal para férias, vindo do estrangeiro)
Álvaro Carvalho
José Alice Ferreira
Adérito Carvalho
Carlos Manuel Cravo Alves
João Evangelista Palmela
Manuel de Almeida Ferreira
Vítor (não consegui reter os apelidos)

O almoço, para além dos aperitivos e das sobremesas a gosto, constou de ensopado de garoupa. Para alguns houve garoupa grelhada. O vinho era bom. Alguém disse, a propósito, que há duas qualidades de vinho: o bom e o muito bom. Não faltaram os digestivos para quem os desejou.

Sempre valorizo estes encontros, mormente os que aproximam professores e antigos alunos. Emocionam-me até, como qualquer pai se emociona quando revê os filhos que voltam à casa paterna depois de longa ausência. E se é verdade que muitos antigos alunos se dispersaram pela emigração, por motivos profissionais ou outros, também é verdade que alguns se mantiveram nesta terra que os viu nascer, sem que eu tivesse a oportunidade de com eles conviver. A vida tem destes mistérios. Talvez por isso, houve rostos que tive dificuldade em identificar. 

Ouvi estórias de vida, de alegrias, de vitórias, de ternura, de amizades, com muitos sinais de cultura e de experiências profissionais. A dado momento, houve quem recitasse, naturalmente, quadras de António Aleixo, e quem recordasse festas em que participaram, gostos culinários, viagens com lugar cativo nas suas memórias. 

O encontro foi organizado pelo Carlos Teixeira, que se esmerou na localização dos seus colegas e meus antigos alunos. No final, presentearam-me com uma placa alusiva ao convívio. Gostei obviamente de os rever, de os ouvir e de sentir que todos cultivam a gratidão, o amor à vida e a amizade. 
O convívio terá continuidade, se Deus quiser. 
Muito obrigado a todos.

Fernando Martins