Um artigo de Pacheco Pereira no PÚBLICO
A praxe mata, às vezes o corpo,
mas sempre a cabeça
mas sempre a cabeça
«A praxe mata, já tem matado, violado e agredido, enquanto todos fecham os olhos, autoridades académicas, autoridades, pais, famílias e outros jovens que aceitam participar na mesma abjecção. Já nem sequer é preciso saber se os jovens que morreram na praia do Meco morreram nalguma patetice da praxe, tanto mais que parece terem andado a seguir uma colher de pau gigante, fazendo várias momices, uma das quais pode ter-lhes custado a vida. Eu escreveria, como já escrevi noutras alturas, o mesmo, houvesse ou não houvesse o caso do Meco. (Aliás, é absurdo e insultuoso para a dignidade de quem morreu o espectáculo de filmes de telemóvel e entrevistas que as televisões têm passado, mas isso é outro rosário, da nossa estupidificação colectiva…)»
As praxes, da forma como estão a ser implementadas são uma forma aberrante de interação estudantil. Até parece que indivíduos adultos e responsáveis perdem toda a lucidez e bom senso em práticas de selvajaria e prepotência. Também fui estudante numa academia, naquela em que teve origem a praxe académica e não me lembro de ter presenciado ou tido conhecimento de algo que se compare a estes exageros. Que a irreverência faça parte desta faixa etária, toda a gente aceita, pois é característico da juventude. O que é inadmissível é a forma irracional como se manifesta nos jovens de hoje. Afinal, onde está a evolução, o civismo, a criatividade desta gente? Estão a dar a pior imagem ao país!
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