terça-feira, 1 de outubro de 2013

Dia Internacional da Música

1 de outubro


A arte é dom de quem cria
Portanto não é artista
Aquele que só copia
As coisas que tem à vista!

Ser artista é ser alguém,
Que bonito é ser artista,
Ver as coisas mais além
Do que alcança a nossa vista!

António Aleixo

A Música como forma de arte, por excelência, resulta da combinação de sons e silêncio. Faz parte integrante da nossa vida e acompanha o homem, desde os primórdios da sua aparição na terra. É uma linguagem de comunicação universal, sendo utilizada nas mais diversas situações e para os mais diversos fins. Seja para fins publicitários, para fins religiosos, para manifestações sociais e no momento que atravessámos, de campanha eleitoral, para galvanizar a atenção dos eleitores, tão esmorecidos e desmotivados. 


Acredita-se que a música tenha surgido há 50.000 anos, no continente africano, expandindo-se pelo mundo com os movimentos migratórios da raça humana, pelo planeta. A música possui a capacidade estética de traduzir os sentimentos, atitudes e valores culturais de um povo ou nação. 
Existem vários tipos de música e cada povo traduz os seus valores, as suas vivências de forma muito impressiva, nesta forma de arte. Desde a música folk, à música pop, passando pela música “pimba”, a música rap, etc, realço, aqui a música que expressa a alma de um povo, a sua identidade. Assim acontece com o nosso fado, conhecido além fronteiras e já reconhecido pela Unesco, como Património Imaterial da Humanidade, desde 2011. 
 Pela importância de que se reveste para a formação integral do indivíduo, a Educação Musical integra os currículos do ensino básico, sendo ministrada na escola pública, numa pedagogia de educação pela arte. A música tem espaço em todas as fases da vida e é próprio da juventude ter uma forma de afirmação pessoal, pela identificação com alguns ídolos musicais, da sua época. Também tive os meus, personificados em Salvatore Adamo, Johnny Holliday, Silvie Vartin, Françoise Hardy, Rita Pavone os Beatles, etc, ets, Ah! Sem esquecer o idolatrado americano Scott McKenzie, o jamaicano Bob Marley e tantos outros que se perdem na bruma dos tempos! Faz parte da idade a referência musical da época... 
Tendo eu passado, há pouco tempo, pela capital da música clássica, a minha favorita, é natural que me debruce mais sobre este estilo. A música clássica, o estilo posterior ao barroco, é marcada pelas composições de Haydn, Mozart e Beethoven. Neste momento surgem diversas novidades, como a orquestra que toma forma e começa a ser valorizada. 
Hoje, mais do que em qualquer outro dia, Viena de Áustria é o fulcro das atenções. Aqui viveram mais compositores famosos do que em qualquer outra cidade do mundo. Em Viena, há o ambiente místico da música que paira no ar. É o berço das valsas e das operetas e também dos musicais "made in Austria" que conquistaram o público internacional. 
A Ópera Vienense Wiener Staatsoper é uma das melhores casas de ópera do mundo, palco da elite internacional deste estilo musical e onde a diversidade é do mais elevado nível. Aí, pude assistir a um concerto de música clássica com os músicos residentes. Ocasião única, irrepetível. Sensações auditivas e visuais, numa sinestesia arrebatadora! 
A música está de tal modo impregnada na população, que é relatado o seguinte episódio: No dia do enterro de Beethoven, em 29 de março de 1827, calcula-se que 30 mil vienenses (quase toda a população) acompanharam o caixão pela Schwarzpanierhaus. Um dos oito músicos que o carregaram era um jovem chamado Franz Schubert. Depois de Beethoven, nunca mais Viena seria a mesma. E... quem ainda não assistiu a um concerto, ali na Casa da Música, que na Cidade Invicta tem um espaço tão bonito, moderno e acolhedor? Também temos cá, boa qualidade em termos musicais e em espaço físico para a sua performance. Lanço o repto...

M.ª Donzília Almeida

01.10.2013



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