segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Dia de Férias - Vagos e Praia de Mira

Senhora de Vagos
Dia de férias, isto é, sem preocupações de maior, ou fugindo delas por uns momentos, que não é fácil ignorar o que se passa à nossa volta. Eu e a minha Lita lá fomos por aí, sem pressas, por estradas raramente andadas, entre pinheiros e casarios, com mar à vista. E a primeira paragem foi no Santuário da Senhora de Vagos, das minhas ancestrais raízes, que as da Lita estão fixadas em Pardilhó e, provavelmente, em Válega, dúvida que haveremos de investigar, para bem da verdade.
Encomendámos a  família à Senhora de Vagos, que sei estar atenta às nossas inquietações humanas, como mãe zelosa que é.
Olhámos para Vagos como quem perscruta rostos e sentimentos de gentes que me deram o ser gafanhão. Percorremos aldeias, apreciámos a evolução das terras vaguenses, com comércio e indústria, casario, agricultura e ares despoluídos...  uma demonstração de desenvolvimento sustentado. Outros dirão que não é assim, mas foi assim que eu vi a terra dos meus avoengos. Também tentámos encontrar um amigo, mas não foi possível. Ficará para uma próxima visita.

Saltámos para Mira, 
como estava previsto... 
O dia estava agradável e as pernas portaram-se bem. 




Homenagem à terra e gente da Praia de Mira
Ao Pescador

«A vida aqui não é uma mentira 
e todos os dias arriscam... 
sob a abóbada do céu... 
com Deus e o mar...»

Raul Brandão

Azul de Mira
Depois Mira, mais concretamente Praia de Mira, de onde vieram alguns cujos genes estão no nosso povo. Lembrei-me dos que por aqui — Gafanha da Nazaré — vendiam laranjas em carros de burro, dos que apanhavam berbigão que burros transportavam, um saco de cada lado do lombo, e de outros que nesta terra se casaram, deixando descendência. Eram os mirões. Veio-me à memória o culto ao São Tomé de Mira, que tinha na igreja matriz da Gafanha da Nazaré  uma imagem que os nossos agricultores veneravam e a quem encomendavam a proteção dos seus animais. 
Pela Praia passeámos e olhámos a arte da Xávega com bois substituídos por tratores. Perdeu-se a graça, ganhou a tecnologia. 

Praia


Senhor dos Aflitos (Barco de Mar)

No Museu Etnográfico ao lado do Turismo, junto à Barrinha, apreciámos, gratuitamente, marcas da cultura mirense, imagens, trajes, utensílios, uma exposição de fotografia, literatura monográfica para conhecimento da sua existência, que não para venda.


Pumpa (Figura típica)



 E por estes dias continuaremos, se Deus quiser...

Fernando Martins

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