quarta-feira, 6 de junho de 2012

MOSTRA DE SOPAS

POR MARIA DONZÍLIA ALMEIDA




Professora Donzília sempre ativa




O Cartaz


Teve lugar, no passado dia 25 de maio, na Escola Básica da Gafanha da Encarnação, a segunda edição duma atividade realizada, no ano passado: Mostra de sopas.
A EB 2/3 agradece a todas as empresas patrocinadoras que denodadamente colaboraram, prestando os seus serviços e pondo-se à disposição da nossa instituição, numa perspetiva de cooperação democrática e numa grande demonstração de solidariedade.
A iniciativa foi dinamizada por um grupo de professores da escola, maioritariamente, do Departamento de Expressões: o grupo de Educação Física, na íntegra, alguns professores de E.V.T. (Educação Visual e Tecnológica), bem como um elemento da Direção. Contou com a colaboração/participação, em massa, de toda a comunidade escolar: docentes, funcionários e a prestimosa ajuda dos alunos dos C.E.F.s (Cursos de Educação e Formação). Para estes, foi o início do estágio, do curso de Restauração e Hotelaria.

Foram feitos contactos com os restaurantes da nossa zona, e muitos foram, os que ofereceram, graciosamente, a sua especialidade em sopas, contribuindo com um número elevado de sabores e texturas. Foram transportadas em panelões gigantes e chegaram, à escola, ainda a fumegar. Apareceram sopas de legumes, de peixe, de carne, etc, cada qual com melhor aspeto e a mais suculenta. Espantou-me a subida exponencial das sopas de peixe, num franco enquadramento geográfico da nossa escola. Se tivesse que escolher, teria imensa dificuldade, pois me parecia cada qual a melhor! Não há dúvida que na gastronomia também há criatividade, inovação e esta mostra foi disso um claro testemunho. E, se alguém pensa que uma refeição de sopa é um prato frugal, haveria de observar e degustar a panóplia de sopas que cá apareceu e como são na sua maioria, um prato substancial! Então, com a possibilidade de provar várias!
Para as sopas foram oferecidas as tigelas em número avultado, pela empresa Grestel Cerâmicas da nossa zona industrial. De cores e modelos variados, fizeram as delícias das senhoras, que assim enriqueceram a sua baixela. As deliciosa sopas que foram vedeta, na nossa escola, provieram dos melhores restaurantes da zona!

Gafanha da Encarnação, Gafanha do Carmo e Gafanha da Nazaré:

1-Ange; 2-Bela-Ria; 3-Cave; 4-Gafanhão; 5-Gafanhoto; 6-Herdade dos Avós; 7-Ninho do cuco; 8-Porão.

Vagueira: 9-Arte-Xávega; 10-Casa André; 11-Caravela; 12-Marisqueira da Vagueira; 13-Molissus 14-Novo Ambiente; 15-Ponte da Vagueira; 16-Kikito.

Vagos: 17-Mercado Velho.

Costa Nova: 18-Canastra do Fidalgo; 19-Clube de Vela; 20-D. Fernando; 21-Dóri; 22-Estibordo; 23-Marisqueira da Costa Nova; 24-Praia do Tubarão.

Barra: 25-Boca da Barra; 26-Churrascão.

Ílhavo: 27-D.Coutinho

Contribuíram com o seu delicioso pão as padarias: Flor da Gafanha, Cidade, Satélite e Vila Fernandes.
No espaço interior, desde a entrada geral, até à cantina, foram instaladas mesas, e todo o material necessário, para um apoio logístico funcional e convidativo. Não faltou uma decoração apelativa, que emprestava às mesas o ar primaveril que se respirava, lá fora, num arranjo de verdes. Sobranceiro a cada mesa, estava afixado, em enorme cartaz, o nome da sopa, a sua proveniência e o restaurante benfeitor. Com muito trabalho de todos e com uma boa conjugação de recursos materiais e humanos, o espaço ficou pronto a receber, às 19:30, a chegada dos comensais.
Usando a imaginação e criatividade que fazem parte do quotidiano dos professores, foi esta a forma eficaz de abrir a escola ao meio, (sem a partir!!!) propiciando a vinda, até nós, dos encarregados de educação dos nossos alunos. Sabendo da dificuldade que as famílias, atuais, têm de acompanhar os seus filhos, verificou-se este fenómeno singular: com o pretexto de um “jantar em família”, no local onde os pais confiam os seus rebentos, onde estes crescem para a vida, e gastam as energias de forma útil, houve uma adesão que superou as expetativas. Estima-se em 750 participantes. Esgotaram-se os consumíveis!
Os professores destacados para o serviço das sopas, estavam devidamente uniformizados com um avental preto, que a empresa Teka gentilmente cedeu, em número avantajado. Ao lado, de cada professor, assessorava o serviço, um aluno do CEF, numa clara demonstração da lição aprendida. Era agradável receber os adultos e numa atitude de partilha e abnegação, mostrar o quanto a escola faz em prol das nossas criancinhas.
Deve ser referido que nesta atividade, estiveram empenhadas pessoas, que também têm família e aguardam, ansiosamente, o fim de semana para compensar as lacunas que a sobrelotação do tempo lhes provoca. Contrariando as vozes dissonantes e as críticas infundadas e injustas que subestimam o trabalho dos professores e lhes atribuem férias desmesuradas, vêm estas iniciativas atestar que... professores... não brincam em serviço!
Vieram famílias inteiras, às vezes acompanhadas dos ascendentes mais velhos. Foi lindo de ver! O convívio proporcionou o reencontro de velhos amigos, vizinhos que raramente se encontram e o contacto mais próximo entre alunos/professores, num ambiente informal e descontraído. Até antigos professores da casa, cá deram uma saltadinha a matar saudades e provar o saboroso repasto. Houve um diálogo profícuo entre todos os intervenientes neste encontro, em que o mote foram as famigeradas sopas.
A troco da módica quantia de 3 €, cada utente pode degustar 27 sopas, com direito a pão e uma bebida. Quem conseguisse a proeza, por certo, poderia candidatar-se ao Guinness Book of Records!
No exterior da escola, operava a parte recreativa: houve programa de variedades, num palco, propositadamente montado para o efeito; atuou um grupo folclórico da zona, deliciando os espetadores com a alegria e o ritmo popular das danças regionais; houve danças de salão, executadas por um dinâmico casal e... para coroar de êxito o espetáculo e acabar, em beleza, foi tocado e cantado o S.S. (School Song) Aqui, foram vedetas os alunos do 2º ciclo, (5º e 6º anos), que apesar da sua irrequietude e o tardio da hora, exibiram um lindo coro. Este é resultante dum trabalho de parceria do Professor de Música e desta colega do D.L.E (Departamento de Línguas Estrangeiras). Aquele compôs a música, esta escreveu a letra. Diz quem ouviu, que foi um casamento feliz!

03.06.201
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