terça-feira, 5 de junho de 2012

Da utilidade do inútil

Por António Marujo 



«O que é mais importante (criar, manter, repensar) 
na relação da Igreja com a Cultura?»

Primavera é sinónimo de novos ares, horizontes abertos, cores renovadas. Esta Primavera, mesmo se pouco respeitadora da tradição climática, trouxe-me pequenos sinais do que pode ser uma resposta à pergunta: “O que é mais importante criar, manter, repensar na relação da Igreja com a cultura?”
Dei comigo a pensar porque é que, em plena crise, centenas de pessoas aproveitaram a hora de almoço de 21 de Março para ir ouvir a Sagração da Primavera, de Igor Stravinsky, ao fundo do Parque Eduardo VII, em Lisboa. Temos que trabalhar para sermos úteis ao país, ouvimos todos os dias. Temos que trabalhar muito, repetem-nos à exaustão. O que estávamos, então, ali a fazer naquela saudação primaveril convertida em música, usando um tempo útil (tempo é dinheiro...) para ouvir uma orquestra ao ar livre, coisa inútil?

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