1 de junho de 1890
«Uma vez, Alberto Pimentel e Camilo conversavam sobre vários assuntos literários. A certa altura, disse Alberto Pimentel:
— Talvez o sr. Camilo não acredite, mas sei de cor todos os seus pseudónimos?
— Não é possível.
— Quer ouvir… Egresso Bernardo de Brito Júnior, A Voz da Verdade, F. Fagundes, Gervásio Lopes Canavarro, Saragoçano, José Mendes Enxúndia, Rosária dos Gogumelos, Manuel Coco, Anastácio das Lombrigas, A. E. I. O. U. Y., Felizardo, João Júnior, O antigo Juiz das Almas de Campanhã, O Possesso Anacleto dos Coentros, Archi-Zero, Visconde de Qualquer Coisa…
— Que rica memória, Alberto! — comentou Camilo.
— O curioso é que se esqueceu precisamente do meu pseudónimo mais vulgar…
— ?
— Camilo Castelo Branco!»
Em “O Espírito e a Graça de Camilo”,
de Luís de Oliveira Guimarães
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É verdade! O nosso grande Camilo, novelista, acabou os seus dias na sua casa de campo, em S. Miguel de Seide. Tive a oportunidade de a visitar várias vezes, quando a minha profissão se "saltimbanco", me fez assentar arraiais, durante três anos, em Vila Nova de Famalicão, próximo dali. Era uma prática da família, fazer o reconhecimento da região, enquanto por lá estávamos. Assim, o passeio dominical era a visita a um local importante e histórico! Braga e Guimarães, também estiveram na nossa rota turística.
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