terça-feira, 22 de maio de 2012

Diácono Permanente há 24 anos



Hoje, 22 de maio, completo 24 anos de vida diaconal. Neste dia, de 1988, os primeiros diáconos permanentes da diocese de Aveiro foram ordenados na sé por D. António Baltasar Marcelino. 
Permitam-me que recorde o primeiro grupo: Afonso Henriques Campos de Oliveira (Recardães), Augusto Manuel Gomes Semedo (Águeda), Carlos Merendeiro da Rocha (Gafanha da Nazaré), Daniel Rodrigues (Aveiro), Fernando Reis Duarte de Almeida (Óis da Ribeira), João Afonso Casal (Aveiro), José Joaquim Pedroso Simões (Gafanha da Nazaré), Luís Gonçalves Nunes Pelicano (Palhaça) e Manuel Fernando da Rocha Martins (Gafanha da Nazaré).
A ordenação culminou uma caminhada de estudo e de reflexão, sob a égide dos nossos bispos, D. Manuel de Almeida Trindade e D. António Marcelino, bem apoiados por especialistas nas diversas matérias. Passando D. Manuel a Bispo Emérito, coube a D. António, já bispo titular, a presidência da cerimónia da ordenação dos primeiros Diáconos Permanente da Diocese de Aveiro. Todos lhes estamos gratos.
Os Diáconos Permanentes, casados e envolvidos na comunidade humana, passaram, pela ordenação, a assumir tarefas próprias da sua situação dentro do clero, debaixo da tutela do bispo diocesano, perante o qual juraram cooperar na expansão do Reino de Deus, tendo a construção de um mundo mais fraterno no horizonte.
Pessoalmente, assumo que fiz, enquanto pude e como pude, o que me foi possível, reconhecendo, contudo, que muito mais poderia ter feito. E sobre os meus colegas, posso adiantar que vejo em todos uma dedicação extrema e uma entrega total às comunidades e serviços onde levam à prática o seu ministério ordenado. 
Quero recordar, hoje e aqui, dois diáconos permanentes que já partiram para a Casa do Pai — o Carlos Merendeiro e o Daniel Rodrigues, com quem tive o privilégio de privar mais de perto. O Carlos, meu conterrâneo e amigo, desde sempre muito próximo nas lides eclesiais e não só. Admirava nele a frontalidade, a entrega ao serviço sem limites, o fervor da sua fé, o sentido das responsabilidades nas paróquias em que trabalhava e a sua paixão pela catequese. O Daniel Rodrigues, que conheci desde que veio para Aveiro, dedicou-se entre nós à JOC e no jornalismo, antes de se envolver noutras missões. Homem de convicções cristãs muito claras e com grande devoção ao Santíssimo Sacramento, o Daniel mostrava uma enorme capacidade de trabalho enquanto repórter, tendo sido correspondente do Comércio do Porto e do Diário Popular, com colaboração espalhada por diversos jornais e revistas. Na gíria jornalística, dizia-se que estava em todas… 
Saúdo, com muita amizade, os meus colegas diáconos, os nossos bispos, o padre Georgino Rocha que desde a primeira hora nos tem acompanhado e ainda quantos, ao longo destes anos, muito deram à nossa formação, sem esquecer, obviamente, as nossas esposas, filhos e restante família, pela compreensão e apoio com que nos têm brindado.

Fernando Martins

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