sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Avenidas da Gafanha da Nazaré





Fernão de Magalhães empreendeu 
a primeira viagem 
de circum-navegação por mar 



A Avenida Fernão de Magalhães está situada no lugar da Praia de Barra, Gafanha da Nazaré. Estende-se desde a antiga ponte de madeira até ao Farol, em linha reta. É a principal avenida da Praia da Barra. Sendo civilmente da Gafanha da Nazaré, pertence, contudo, à paróquia da Sagrada Família. A Praia da Barra foi denominada nos seus princípios por Lugar do Farol, como o atesta o registo do primeiro óbito da então criada freguesia e paróquia da Gafanha da Nazaré, que reza assim: «Neste dia, 7 de maio de 1911, às dez horas da noite, faleceu numa casa do “Pharol da Barra”, Joaquim Francisco Gafanhão, de cinquenta anos, pescador e casado com Maria de Jesus, o qual recebeu os “sacramentos da Santa Madre Igreja”, natural desta freguesia. Era filho legítimo de António Francisco Gafanhão e de Ana de Jesus, jornaleiros, naturais desta freguesia, e não fez testamento. Deixa filhos menores e foi sepultado no cemitério público da vila e freguesia de Ílhavo.»
Posto isto, vamos então à avenida que ostenta o nome de Fernão de Magalhães, o célebre navegador que empreendeu a famosa viagem de circum-navegação, por mar, ao serviço do rei de Espanha, numa aposta para demonstrar que a Terra, o planeta que habitamos, era redonda. Não chegou a concluir a viagem, mas o seu feito, de natureza científica, de muita importância para a época, ficou na história universal. 
Rezam os registos biográficos que Magalhães foi o primeiro a alcançar a Terra do Fogo no extremo Sul do continente Americano, a atravessar o estreito hoje conhecido como Estreito de Magalhães e a cruzar o Oceano Pacífico, que terá batizado com esse nome. Fernão de Magalhães foi morto numa batalha em Cebu, nas Filipinas, no decurso da expedição, posteriormente chefiada por Juan Sebastián d’Elcano até ao regresso em 1522. 
Com essa viagem ao serviço do rei de Espanha e na falta de apoio do rei de Portugal, Fernão de Magalhães pretendeu, ainda, como refere Gonçalo Cadilhe, no seu mais recente livro “Encontros Marcados”, «descobrir onde se situava o antimeridiano de Tordesilhas e, sobretudo, determinar com os meios técnicos possíveis qual era a longitude e de quem era a posse [de Portugal ou de Espanha] das mais ricas e fabulosas de todas as ilhas por conquistar: as “Ilhas das Especiarias». 
Nasceu em Sabrosa na primavera de 1480 e faleceu em Cebu, Filipinas, a 27 de abril de 1521, com apenas 41 anos de idade. 

Fernando Martins

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