segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Férias: um pouco de história


Férias noutras paragens
 
"Não há homem completo que não tenha viajado muito,
que não tenha mudado vinte vezes de vida e de maneira de pensar.
Alphonse de Lamartine


O Direito a férias existe desde 1937

Maria Donzília Almeida

A palavra férias soa ao ouvido de toda a gente, como uma melodia antiga, mas sempre atual e repetida. A palavra tem a sua origem no étimo latino feria ou feriae e significava um dia de descanso para os Romanos, no século III DC. Em Portugal, o direito a férias existe desde 1937 e está promulgado na Lei do Trabalho. Hoje, em dia, o grande número de mulheres que trabalha, veio aumentar consideravelmente, o contingente dos trabalhadores. As férias remuneradas surgem como um direito adquirido numa sociedade organizada e democrática. O trabalho torna-se necessário, para fazer face aos desafios duma sociedade de consumo, cada vez mais desafiadora. Depois de um ano de árduo trabalho, quer físico quer intelectual, o cidadão português, tem direito a um merecido descanso.
Para satisfazer essa necessidade, há uma panóplia de possibilidades, que as agências de viagens e turismo, põem, ao dispor, de quem quer viajar. A oferta vai desde excursões organizadas a destinos exóticos/paradisíacos, passando por viagens económicas, mediante as possibilidades de cada um. Para mim, foi sempre um fascínio, entrar num avião e aterrar num país longínquo. É uma experiência enriquecedora, o contacto com outras populações, outras culturas, outras línguas, que nos abrem horizontes e nos tornam mais humanos. Cá em Portugal, a população do interior, desloca-se, em êxodo, para o litoral, em busca das praias que proporcionam a essas pessoas o contacto com o mar e os prazeres que ele proporciona.
Para alguns, este não passa de um sonho, uma miragem, resultante do fator interioridade. Para muitos, a palavra férias significa, apenas, uma mudança de hábitos, de rotinas, acordar num local diferente, ver outras caras e respirar outro ar. Há ainda o grupo daqueles que, não querendo abandonar o seu torrãozinho natal, seguem o slogan dos mass-media e......fazem férias cá dentro. Nesse grupo, estão os campistas, os que andam de mochila às costas e os outros que usam meios mais sofisticados.
O contacto direto com a natureza é um gosto partilhado por todos os amantes desta modalidade. Dentro do grupo, há os campistas de pé-descalço e os que têm tendas grandes, caravanas e auto-caravanas. Para conhecer Portugal, de lés a lés, é a forma mais prática. De todas as formas de campismo, que vão evoluindo conforme a idade, a mais prática de todas, mais cómoda e mais funcional, é sem dúvida a auto-caravana. É assim como uma casinha sobre rodas, que nos leva a qualquer parte, sem o incómodo de montar e levantar tenda, espetar e arrancar espias. É um meio muito agradável de conhecer os recantinhos da nossa terra, que de outro modo ficariam por conhecer. E......a casa está sempre arrumada!

11.08.2011

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