domingo, 27 de fevereiro de 2011

Padre Miguel vence mais uma batalha...


O Padre Miguel Lencastre venceu mais uma batalha. Já saiu do hospital para agora convalescer com calma. Há dias eu disse que tinha a certeza de que o nosso bom amigo estaria à altura de recuperar a saúde. Ela aí está, para alegria de todos os seus amigos. Claro que a batalha, que foi vivida num espírito de fé muito grande, como ele nos habituou e ensinou a sentir,  ainda precisa de mais um tempinho para afinação geral. Por isso, daqui lhe envio votos de franca e total recuperação, para voltar em pleno ao nosso convívio. O meu abraço amigo de coragem e confiança.

Fernando Martins

PÚBLICO: Crónica de Bento Domingues

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Faleceu a Rosarinho Sarabando

Na segunda-feira anunciei o lançamento do livro de Rosarinho Sarabando “Quero ver o meu filho crescer…”. Hoje, contudo, recebi uma notícia muito triste, enviada pelo Domingos Cardoso. Diz assim: «Venho dizer que a festa de ontem à Rosarinho Sarabando correu muito bem e foi muito bonita. Quero também dizer-vos que a Rosarinho morreu na noite de sábado para domingo, depois da festa. O funeral será na 2ª feira às 17h30 com missa às 16h30.»
Para quem duvida, se é que alguém duvida, a vida anda de braço dado com a morte. Depois da festa, depois da alegria, veio a tristeza, com o falecimento de uma lutadora. Tenho a certeza de que a Rosarinho continuará, como sempre desejou, a ver o seu filho crescer. Que Deus, com a sua infinita bondade, a receba no seu regaço de amor eterno.

O nosso ar do tempo fica desconfortável com religião


A ilegalização de Deus e dos teólogos

Henrique Raposo


Com este texto procurei cruzar o pensamento de Ratzinger com alguns dos sinais intelectuais e políticos do nosso tempo, deste nosso "ar do tempo" europeu. Gostava de destacar três desses sinais: a ilegalização de Deus, o declínio da Europa e abismo que separa os "direitos humanos" do "Direito Natural".

Dia Mundial da Oração: 4 de Março, na igreja da Vera Cruz


Celebra-se na próxima sexta-feira, dia 4 de Março, às 21h30, na Igreja da Vera Cruz o Dia Mundial da Oração, movimento ecuménico de oração que remonta ao século XIX e preparado anualmente por mulheres de diferentes países.
A Liturgia foi este ano preparada pelas mulheres do Chile, um país da América do Sul muito noticiado recentemente na comunicação social, devido à tragédia dos 33 mineiros presos na mina de cobre de El Teniente, a 800 quilómetros de Santiago. Como pudemos observar, a fé cristã no Chile é uma realidade, 89% da população é católica romana, 10% professam a sua fé em igrejas evangélicas e os restantes 1% são constituídos por pequenas comunidades judaicas, cristãos ortodoxos e muçulmanos.

TECENDO A VIDA UMAS COISITAS - 226

DE BICICLETA ... ADMIRANDO A PAISAGEM - 9


Caríssima/o:

Quando os pés teimam e não querem subir, sabe bem olhar à nossa volta e observar a leveza de nossos netos e netas, possuídos pelos mesmos anseios e voos que um dia nos terão fornecido asas para ir sempre e cada vez mais além.

Então, espaço e voz ao poeta [Fernando Miguel Bernardes]; ele cantá-la-á deixando aberto o convite...


A MINHA BICICLETA

A minha bicicleta
só tem dois pedais
mas se monto nela
não tem dois, tem mais!

A minha bicicleta
tem um guiador
quando monto nela...
...sou aviador!

No jardim onde ando
não vejo um canteiro...
sou aviador,
vejo o mundo inteiro

Voo mesmo a sério !...

Por cima das árvores
(não toco no chão!)
voo mesmo a sério
vou de avião...

A minha bicicleta
também tem selim
mas eu nem me sento,
gosto mais assim :

Pedalo em pé
dá mais rapidez
a minha bicicleta
é o que tu vês:

É um avião,
pois eu não te digo?!

Da próxima vez...

Da próxima vez
Levo-te comigo?

Manuel

sábado, 26 de fevereiro de 2011

Ria de Aveiro: moirão à espera


Na Ria de Aveiro, moirão espera pela maré e pelos barcos. Sabe que demora, mas o prazer da companhia demove-o de protestar. Mais adiante, procura-se marisco. É sempre assim na baixa-mar.

EXPRESSO sempre atento


Escrevi um dia destes que o EXPRESSO é uma instituição de referência na área da comunicação social. Com novo diretor, Ricardo Costa, era esperada uma readaptação aos tempos presentes. Como é lógico.
Hoje apresenta-se com mais colunistas de peso e com algumas alterações que indiciam novos êxitos. Também comemora a edição número 2000, com a oferta de uma revista para ler e guardar.
No editorial da revista, o diretor diz: «Os momentos de crise têm todos os ingredientes para criar fenómenos extremos. É exatamente nestes momentos que não podemos esquecer os valores fundamentais da nossa sociedade. Ao longo desta edição vemos um país que mudou muito, mas que ainda é profundamente desigual. Um país em que rendimentos, oportunidades, direitos e garantias não encontram padrão entre classes sociais ou gerações. E, acima de tudo, um país que não encontra o seu sentido num mundo que muda mais depressa do que nós.»

RELIGIÕES: Para dialogar, é preciso conhecer.

Hans Küng

As religiões místicas

Anselmo Borges

Qualquer pessoa verdadeiramente religiosa já alguma vez disse para si mesma: se tivesse nascido noutro continente, de uma família de outra religião, muito provavelmente a minha pertença religiosa seria outra. Na Índia, seria hindu. Em Marrocos ou na Indonésia, muçulmano. Em Israel, de mãe judaica, seguiria o judaísmo. Na China, seria confucianista ou taoísta. No Japão, xintoísta. Na Europa, em Portugal, cristão católico; na Rússia, cristão ortodoxo; na Suécia, cristão luterano.
É este exercício que o teólogo católico Hans Küng faz na sua última obra Was ich glaube (A minha fé), resultado de uma série de lições dadas, aos 80 anos, na Universidade de Tubinga.

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Os cricos

Ria de Aveiro

Hoje recordei aqui a apanha dos cricos, no tempo em que a ria era, realmente, dos gafanhões. Os tempos são outros, mas as boas recordações perduram.

Um ancoradoiro


No extremo nascente da Praia da Barra, junto ao local onde existiu a ponte de madeira que ligava o Forte às praias, há um ancoradoiro de pequenas embarcações, sobretudo de pescadores da Ria. É, sem dúvida, um quadro que retrata a capacidade do povo, quando há vontade de resolver os problemas.

Gafanha da Nazaré, Praia da Barra, Avenida Infante D. Henrique


Av. Infante D. Henrique com o Farol ao fundo

Homenagem justa ao “pai”
dos nossos descobrimentos

Na Praia da Barra, há uma avenida dedicada ao Infante D. Henrique, o Navegador, como é conhecido da nossa história. Há personalidades históricas que têm merecido, com justiça, a honra de figurar na toponímia das diversas povoações. E em terras com ligações marítimas, o Infante D. Henrique é uma figura indispensável, pois povoa o nosso imaginário histórico da era gloriosa dos Descobrimentos Portugueses, de que ele foi um dos grandes impulsionadores. A avenida estende-se, paralelamente, ao longo do molhe da Meia-Laranja.
Curioso é o facto de o Infante D. Henrique ter recebido o cognome de navegador, sem nunca, que saibamos, ter exercido, com propriedade, a função de “comandante” de qualquer esquadra. Mas que orientou e se envolveu, de forma indesmentível, na gesta marítima dos princípios do século XV, lá isso fez e, ao que julgamos, bem.

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Para recordar: Presidentes da República Portuguesa


Para quem já esqueceu,  recorde os Presidentes da Rapública de Portugal.

As praias do litoral que se cuidem...


As praias do litoral que se cuidem... É que vão surgir pelo interior ofertas interessantes para quem não pode deslocar-se, a banhos, até às praias habituais, bafejadas pelas ondas do oceano, com toda a sua carga de iodo e maresia. Vejam: No próximo verão, Mangualde, em Viseu, vai ter uma praia artificial com água salgada, um areal, bares, concertos internacionais e o homem das bolas de Berlim, num investimento de um milhão de euros, hoje apresentado em Lisboa.

EXPRESSO com novos colunistas

O EXPRESSO, uma instituição de referência no panorama da comunicação social portuguesa, vai passar a contar, a partir de sábado, 26 de fevereiro, com novos colunistas. Veja aqui

X Bienal Internacional de Cerâmica Artística de Aveiro


A X Bienal Internacional de Cerâmica Artística de Aveiro, a exemplo das edições anteriores, pretende contribuir, de forma efectiva, para o desenvolvimento sociocultural e estimular a experimentação e a criatividade. Este concurso procura ser um espaço aberto ao diálogo, à divulgação e ao confronto de tendências e de contacto com os conceitos actuais de cerâmica artística.


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Pedro Tamen vence prémio do Casino da Póvoa



O MAR É LONGE

O mar é longe, mas somos nós o vento;
e a lembrança que tira, até ser ele,
é doutro e mesmo, é ar da tua boca
onde o silêncio pasce e a noite aceita.
Donde estás, que névoa me perturba
mais que não ver os olhos da manhã
com que tu mesma a vês e te convém?
Cabelos, dedos, sal e a longa pele,
onde se escondem a tua vida os dá;
e é com mãos solenes, fugitivas,
que te recolho viva e me concedo
a hora em que as ondas se confundem
e nada é necessário ao pé do mar.

(Daniel na Cova dos Leões, 1970)

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Carnaval no Museu de Ílhavo

Proa de Moliceiro


O Museu Marítimo de Ílhavo desafia as crianças, até aos 12 anos de idade, a aproveitarem as férias do Carnaval para “mergulharem” no “mundo de fantasia” do museu e descobrirem respostas para os mistérios que as profundezas dos oceanos levantam, conhecendo, também, melhor a água, nas suas diversas vertentes.
As acções decorrerão nos dias 5, 6, 8 e 9 de Março, das 15 às 17 horas. As inscrições devem ser efectuadas até ao dia 4 de Março, sendo gratuitas para os menores de cinco anos. As crianças dos 5 aos 12 anos pagam 1,75 euros.

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Casas para os sem-abrigo



Homenagem a Zeca Afonso



Zeca Afonso faleceu em 23 de Fevereiro de 1987. Tinha 57 anos. Aqui fica a minha homenagem.

AVEIRO: Carnaval não sai à rua


Por dificuldades económicas e falta de apoios, sobretudo da autarquia aveirense, o Carnaval da Glória, com organização da paróquia, não vai realizar-se este ano, enchendo as ruas da cidade, para alegria do povo. É pena, até porque este carnaval reunia condições específicas, ou não houvesse nele uma certa finalidade pastoral. Ficará para o ano, assim se espera. Mas, para isso, é preciso tratar de tudo a tempo.

Na Guiné-Bissau, em missão de solidariedade


Ruínas de uma guerra e ódio destruidor
de uma liberdade não preparada

António Marcelino


Fui há poucos dias à Guiné-Bissau, em missão de solidariedade fraterna, depois de lá ter ido, já lá vão quase quarenta anos, numa difícil e perigosa missão pastoral. Então, era a guerra. Agora, a muita miséria à vista, onde ressalta o esforço heróico de abnegados reconstrutores, uns que aí vivem de há anos, outros que vão por um tempo, todos procurando dar prioridade ao essencial: a educação, a saúde, a reconciliação lenta de etnias e religiões, o acolhimento a um voluntariado preparado e generoso, a coragem de não desistir nunca ante o que faz falta, ainda que conseguido com dores e lentidão. Tudo aquilo que se vê com algum futuro é fruto da iniciativa possível, sobretudo das instituições religiosas, porque outra iniciativa, bem urgente, como a da criação de pequenas e médias empresas que garantam trabalho, não encontra garantias de sucesso, dada a falta de segurança, de apoio, de rumo, de esperança.

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Baden Powell o fundador do escutismo

Baden Powell

Neste dia do ano 1857 nasceu o célebre Baden Powell, em Londres. Faleceu em Nairobi em 8 de janeiro de 1941. Quem há no mundo ocidental que não tenha ouvido falar no BP, o fundador do escutismo, que é, nos tempos actuais, a maior organização juvenil do globo, com praticantes nos mais diversos quadrantes?

António Spínola publica em 1974 "Portugal e Futuro"

General Spínola


Neste dia, em 1974,  o general António de Spínola publicou o livro "Portugal e o Futuro", propondo soluções políticas para os conflitos nas colónias portuguesas, até então consideradas províncias ultramarinas pelo regime de Salazar. Os mais novos talvez não conheçam bem o impacto que o livro teve no nosso país, mas foi ele que deu início, de forma mais  visível, ao descontentamento que levou ao 25 de Abril.

João Gil no Centro Cultural de Ílhavo

Sábado, 26, às 22 horas


Concerto intimista que recordará alguns temas dos mais emblemáticos da música portuguesa dos últimos 25 anos, todos eles compostos por João Gil, que convida alguns amigos para interpretar músicas como: Xácara das bruxas dançando, Namoro II, Saudade, 125 Azul, Perdidamente, Solta-se o beijo, Alice, Loucos de Lisboa, O rapaz pendular, Deixa-te ficar na minha casa, O postal dos correios ou A seita tem um radar.

Após o espectáculo, João Gil, João Campos e Nuno Norte brindam-nos com um DJ Set dedicado à memória de grandes temas da música portuguesa.

Para ser escravo é preciso estudar?


«Num tempo em que se extrema a dicotomia entre a educação que temos e as expectativas com que sonhamos, a nova canção dos Deolinda vem retomar o tema. “Parva que sou” está nas redes sociais, gerando uma reacção intensa e espontânea. Alguém denuncia, finalmente, a condição de milhares de jovens, numa síntese clara dos seus problemas reais.»

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Aveiro + Ílhavo + Vagos = um só concelho


Aveiro, Ílhavo e Vagos podem unir-se num só concelho. Isto mesmo defende Ribau Esteves, presidente da Câmara Municipal de Ílhavo, como se lê no Diário de Aveiro de hoje. Numa revisão do mapa administrativo, de que se fala, também penso que seria uma boa solução. Para quê tantos autarcas numa área tão pequena? E já agora, para quê tantas juntas de freguesia? Não seria uma boa oportunidade para acabar com tantos cargos políticos? Mais uma pergunta: Haverá coragem política para uma revolução destas?

FM

Estado não pode ter o monopólio do serviço público


Guilherme d’Oliveira Martins, antigo ministro da Educação e actual presidente do Tribunal de Contas, afirmou que “a «liberdade de aprender e ensinar»” exige que o Estado “não tenha o monopólio do «serviço público de educação»”.

Menos Estado para melhor Educação



Nuno Crato, professor no Instituto Superior de Economia e Gestão, autor do livro «O ‘Eduquês’ em Discurso Directo», considera que há Estado a mais na Educação, em Portugal, defendendo “uma missão reguladora muito genérica e que sobretudo promovesse a avaliação do que se está a passar”.

Não nos sentamos à mesa só para comer


O que é uma refeição?


José Tolentino Mendonça

Já nos escritos de Plutarco se lê que não nos sentamos à mesa simplesmente para comer, mas para comer com, e esta convivialidade vem a constituir, por exemplo, no quadro de valores do mundo clássico, um fator que distinguia o homem civilizado do bárbaro. Mas a história da refeição começa, certamente, muito antes. A vida dos indivíduos ou dos agregados humanos encontrou, desde sempre, no espaço da refeição um momento privilegiado da sua construção. À volta da mesa celebram-se os eventos fundadores, os nascimentos, os ritos de passagem, os triunfos, mas também o luto, as crises ou a prova. A mesa torna visível e edifica a intimidade familiar. Os amigos sabem que essa permite uma qualidade de encontro que lhes é própria. Dos negócios tem-se a ideia que a mesa os favorece, tal como a busca de resolução para os conflitos mais diversos. É curioso que a euforia comercial com que as nossas sociedades promovem os tempos simbólicos acalma-se, por fim, em torno de uma refeição (é assim no Natal). E, talvez por isso, à mesa pese mais a solidão ou a incomunicabilidade em que muitos vivem.

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Padre Miguel Lencastre está bem!

Padre Miguel Lencastre

«Acabei de receber ligação do Dr. Roberto, membro da equipa que está cuidando do Padre Miguel, e a cirurgia para implantação de endoprótese foi um sucesso !!! Como é da  praxe, ele deverá permanecer na UTI por 24 horas. Depois  deverá ir para um quarto onde permanecerá em recuperação por mais alguns dias. Com relação a possível visita e outros detalhes, passarei as informações assim que souber.»

Nota: Informação enviada por Eloy, do Brasil 

ÍLHAVO: Livro de Rosário Sarabando em 4.ª edição

 “Quero ver o meu filho crescer…”

No próximo dia 26 de Fevereiro, no Museu Marítimo de Ílhavo, pelas 15 horas, terá lugar a apresentação da 4.ª edição do livro “Quero ver o meu filho crescer…” da autoria de Rosário Sarabando. Com esta edição, serão alcançados os três mil exemplares.
Está a ser preparado um programa cultural variado, tentando ir ao encontro dos gostos de todos os ilhavenses, e não só. Assim, a realização desta festa fica a cargo do Grupo Cénico Arlequim, da Orquestra Ligeira de Vagos e do Orfeão da Santa Casa da Misericórdia de Ílhavo.
A autora sofre de Esclerose Lateral Amiotrófica e só mexe os olhos com que escreve e comunica com o exterior. De facto, olhando fixamente para uma letra do teclado que surge no monitor, o computador assume que ela quer escrever uma palavra começada por aquela letra, aparecendo no ecrã várias palavras nessas condições. Com o olhar escolhe a que pretende e vai formando a frase que será, no fim, lida por uma voz sintetizada.
Visitá-la e estar um pouco com ela é uma experiência muito enriquecedora.

Porto de Aveiro: algumas notas históricas

Grandes Veleiros, 2008

Veja aqui a estrutura orgânica do Porto de Aveiro, através dos tempos e até aos nossos dias.

O elogio da inutilidade


Porque é que o inútil é importante?

«Sei os riscos que corro ao propor um tema como este: o elogio da inutilidade. Por um lado, estamos claramente perante um termo ambíguo. A inutilidade parece à primeira vista um valor negativo ou um contravalor. Quando é que a inutilidade é boa e libertadora? Por outro lado, a nossa cultura, que idolatra a produção e o consumo, assumiu o útil como um dos critérios máximos para avaliar as nossas vidas. Se é útil, é bom. Quando nos sabemos úteis, sentimo-nos compensados. A vida tornou-se uma espécie de grande maratona da utilidade. Contudo, o termómetro que assinala a nossa vitalidade interior não pode dispensar a pergunta pelo lugar que saudavelmente damos ao inútil.»

José Tolentino Mendonça

Pode ler mais aqui

Alimentos mais caros


Quem viveu, como eu, sem falta de pão, no sentido amplo do termo, não pode deixar de ficar perplexo quando ouve falar de fome, real, no século XXI, entre nós. Um dia destes alguém me garantiu que um jovem atleta não crescia como certos colegas de equipa, simplesmenmte por falta de uma alimentação normal. Terá dias em que come apenas uma refeição quente. É a sociedade que temos. O PÚBLICO de hoje garante que a «Subida dos bens alimentares começa a doer no orçamento dos portugueses». Dias negros esperam milhares de compatriotas nossos.

AVEIRO: I Simpósio Fé e Cultura



O Instituto Superior de Ciências Religiosas de Aveiro (ISCRA) vai realizar o I SIMPÓSIO FÉ E CULTURA, sobre o tema «As intermitências do diálogo entre Ciência e Cristianismo».
Todas as pessoas interessadas podem participar neste Simpósio, inscrevendo-se na Secretaria do ISCRA, ou através do telefone ou endereço de e-mail. O Simpósio foi, também, acreditado para docentes de EMRC e de Filosofia, sendo concedido um desconto aos alunos do ISCRA.
Neste Simpósio será entregue o Prémio «Póvoa dos Reis, cientista e padre», para o qual já começaram a ser entregues os primeiros trabalhos.

Inscrições:
 
ISCRA – Instituto Superior de Ciências Religiosas de Aveiro
Av. de João Jacinto de Magalhães
-Edifício do Seminário de Santa Joana Princesa
-Apt.º323 –3811-905 AVEIRO

Tlf: 234 379 880 / –Tlmv: 924 378 131
E-mail: anaferreira.iscra@netvisao.pt
-Web:www.iscra.pt

domingo, 20 de fevereiro de 2011

“Faina Maior — A Pesca do Bacalhau nos Mares da Terra Nova” em 2.ª edição

Ana Maria Lopes no lançamento do livro

No sábado, 19 de fevereiro, realizou-se no anfiteatro do Museu Marítimo de Ílhavo o lançamento da 2.ª edição do livro "Faina Maior - A Pesca do Bacalhau nos Mares da Terra Nova", coautoria do saudoso Francisco Marques e da especialista em temas marítimos, Ana Maria Lopes. Trata-se de um trabalho a todos os títulos notável, já que nele se envolveram dois ilhavenses de reconhecidos méritos nesta área.
Na abertura da sessão, o presidente dos Amigos do Museu, Aníbal Paião, falou do que tem sido a atividade daquela instituição, tendo elogiado o labor de Ana Maria Lopes e Francisco Marques, «ambos amigos do museu, ambos diretores do museu, ambos vice-presidentes da associação e exemplo de entrega a uma causa, com paixão, servindo-a, sem limites».

PÚBLICO: Crónica de Bento Domingues

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Cristo rindo!


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TECENDO A VIDA UMAS COISITAS - 225

DE BICICLETA ... ADMIRANDO A PAISAGEM - 8



VENDAVAL A CAMINHO DA LANCHA

Caríssima/o:

A imagem aproxima-nos da realidade, mas falha em muitos pormenores...
Imaginar a vida das nossas estradas e vielas passados cinquenta-sessenta anos não é tarefa fácil para os que a atravessámos quanto mais para os sortudos dos nossos dias... Nessa altura o meio de transporte privilegiado era a bicicleta: circulavam milhares com destino ao trabalho: estaleiros, secas, obras, junta, aviação... Sem dúvida que muitos/muitas ainda andavam “= iam para o trabalho” a pé, mas a grande maioria tinha a sua bicicleta, mais ou menos engonçada, e era nela que se deslocava.
Como agora com os automóveis, havia congestionamentos e até engarrafamentos! Naquilo a que agora chamamos “horas de ponta”... ui, era um ver se te avias! As sinetas e as buzinas ou sirenes tocavam duas vezes: a primeira para avisar... Nesses intervalos de segundos era ver bicicletas a voar atiradas umas contra as outras ou contra o primeiro poste que as segurasse! E a corrida mais do que apressada para estar na bancada ou com a serra ou martelo na mão quando soasse o segundo toque!...Uff!mesmo a tempo, senão lá ia meio-dia de salário!

Recordação do Douro

Douro

Há imagens que jamais nos deixam de vez. Como esta que um dia registei com a minha digital no Douro. O enquadramento bonito, com rio, encosta e céu, bem casados, na minha ótica, convida-me a voltar logo que possível. Talvez no verão.

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Como é que isto é possível?

Armando Vara passa à frente de todos em  Centro de Saúde

«Ex-ministro socialista apareceu de surpresa, passou à frente de todos os doentes e deu ordens a uma médica para lhe passar um atestado» Veja aqui.

Nota: Tenho dificuldades em entender comportamentos destes. Seja de um ex-ministro seja de quem for. O respeito pelos outros, independentemente da sua posição social, deve ser sagrado. Mas nem todos veem assim. Infelizmente.

Cronologia relacionada com o Porto de Aveiro – 2

Mais cronologia do Porto de Aveiro aqui

Pela palavra, abrimo-nos ao mundo e o mundo abre-se a nós


O que fazemos com a linguagem?

Anselmo Borges

Lá está Ludwig Wittgenstein: a linguagem não serve apenas para descrever a realidade, usamo-la também para pedir um favor, para agradecer, para amaldiçoar, para saudar, para rezar...
E é preciso atender ao contexto, à situação, ao uso. "Chove" pode dizer a constatação de um facto: está realmente a chover. Mas suponhamos que a mãe, pela manhã, quando o filho se prepara para ir para escola, lhe diz: "Chove", ele sabe ao mesmo tempo que deve levar o guarda-chuva. Se, numa família de agricultores, após uma seca prolongada, a mulher abre a janela e diz ao marido: "Chove", é o contentamento que é dito. Mas, se estavam na expectativa de um passeio agradável e diz: "Chove", é a desilusão.

Ares do Inverno


Recordação de um inverno menos frio, na Figueira da Foz, em 2008. Se dele me lembro, com sol a fazer-se sentir, é sinal de que terei de lá ir um um dia destes. Logo que a chuva e o frio saltem para outro lado.

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Limitar os salários dos gestores públicos? Não, claro!


«O PS e PSD chumbaram, hoje, propostas do CDS, PCP e do BE para limitar os salários dos gestores públicos. Os socialistas dizem que é uma matéria da competência do Governo e o PSD classificou as propostas de demagógicas e populistas.» Pois é! Ver aqui. Baixar os salários, sim, mas das classes mais pobres. Dos que ganham fortunas por mês, nem pensar!


Desemprego continua a subir

Por muito que os políticos do Governo falem e preguem, um pouco por todo o lado, a verdade é que o desemprego continua a subir, sobretudo à custa das mulheres e dos mais qualificados. Quando é que se dará a volta por cima?

Vagoneta à vela

Já imaginaram uma vagoneta com locomoção à vela? Que ela foi concebida e até desenhada, lá isso foi. Mas se resultou, tenho cá as minhas dúvidas! Vejam aqui

Cardeal-patriarca vai renunciar ao cargo, como estabelece o Direito Canónico



«O cardeal-patriarca de Lisboa, D. José Policarpo, revelou ter já escrito a carta de renúncia ao cargo que o direito canónico exige a quem cumpre 75 anos de idade, colocando decisões futuras nas mãos de Bento XVI.
“Ontem (quinta-feira, ndr) mesmo escrevi a carta ao Papa - está previsto no direito canónico que um bispo, quando cumpre os 75 anos, pede ao Santo Padre a resignação do seu mandato” – e fico à espera da sua decisão”, afirmou, em conferência de imprensa promovida pelo patriarcado de Lisboa.
Antecipando o seu 75.º aniversário, no próximo dia 26, este responsável adiantou que a missiva vai ser entregue na Nunciatura Apostólica, já esta sexta-feira.»

Ler mais aqui


NOTA: A renúncia do Cardeal-Patriarca, D. José Policarpo,  como determina o Código do Direito Canónico, leva-me a olhar para tantos padres que não gozam, porque não pedem ou não lhes é concedido pelos seus bispos, do mesmo direito de renúncia. Estão ao serviço das  paróquias para além das suas forças físicas ou anímicas, quantas vezes, penso eu, com prejuízo para a pastoral paroquial. A idade não perdoa e o cansaço da vida não ajuda a que possam dar mais de si em prol da Igreja e dos seus paroquianos. E contudo, o Direito Canónimo determina, tal como determina aos bispos, que apresentem, aos 75 anos de idade, o seu pedido de renúncia. Penso que temos a obrigação de os ajudar a aceitar as suas incapacidades físicas, para bem das comunidades que servem.

FM

D. Manuel Clemente reuniu-se com artistas e prometeu mais encontros


O bispo do Porto, D. Manuel Clemente, mostrou-se satisfeito pela resposta dos artistas da diocese ao convite que lhes enviou para um encontro no paço episcopal, realizado no último dia 16.
Em declarações à Agência Ecclesia, o prelado afirmou que a presença de várias dezenas de participantes «ultrapassou as expectativas», criando «uma base» para projetos futuros.
«Foi um encontro, não foi mais do que isso, mas isso já é muito, porque as pessoas tiveram oportunidade de dizer da sua justiça, das suas aspirações, o que é que almejam», referiu.
Para o presidente da Comissão Episcopal da Cultura, Bens Culturais e Comunicações Sociais, a Igreja tem uma oferta «universal» que se define como «convocação, oportunidade de encontro», também no campo da arte.

Orlando de Oliveira, antigo Reitor do Liceu de Aveiro, vai ser recordado

Amanhã, sábado, 19 de Fevereiro,  terá lugar a Palestra Evocativa a Orlando de Oliveira pelas 21 horas, no auditório do Conservatório de Música de Aveiro.


Orlando de Oliveira


Promovida pelo Município de Aveiro e integrada no programa das comemorações do 50.º Aniversário do Conservatório de Música Calouste Gulbenkian, a palestra irá homenagear um dos grandes impulsionadores da criação do Conservatório de Música em Aveiro, Orlando de Oliveira. A sessão vai contar com as intervenções da Vereadora do Pelouro da Cultura, Maria da Luz Nolasco, da filha do evocado,Maria Filomena Vale Guimarães de Oliveira , representante do Conservatório de Música Calouste Gulbenkian, Henrique Neto, e da Universidade de Aveiro, Jorge Arroteia e irá incluir alguns momentos musicais por elementos do Conservatório de Música Calouste Gulbenkian em Aveiro.

“Faina Maior: A Pesca do Bacalhau nos Mares da Terra Nova”

Lançamento da 2.ª edição, amanhã, 16 horas,
no Museu Marítimo de Ílhavo




Amanhã, sábado, pelas 16 horas, no auditório do Museu Marítimo de Ílhavo, vai ser lançada a 2.ª edição do livro “Faina Maior: A Pesca do Bacalhau nos Mares da Terra Nova”, um trabalho do saudoso capitão Francisco Marques e de Ana Maria Lopes, conhecida especialista em temas relacionados com o mar e a ria.
Escusado será dizer que a 2.ª edição desta obra se reveste de indesmentível importância, tal é a força do seu «valor documental», como lembra Mário Ruivo no Prefácio. Diz ainda, este consagrado estudioso de assuntos marítimos, que o livro «constitui uma excelente fonte de referências para quem, no futuro, pretenda aprofundar o tema na diversidade dos seus aspectos técnicos, etnográficos e culturais do que foi uma importante actividade económica portuguesa».
O nosso povo, o povo deste concelho que tem o Mar por Tradição, só lucrará se conseguir preservar os seus valores, de que “Faina Maior: A Pesca do Bacalhau nos Mares da Terra Nova” é um valioso repositório.

Fernando Martins

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Um almanaque de Manuel Olívio da Rocha


O meu assíduo colaborador Manuel, de seu nome completo Manuel Olívio da Rocha, publicou recentemente, em edição familiar, um livrinho com registos interessantes e algumas curiosidades. Trata-se de um trabalho que vem na sequência de muitos outros a que já nos habituou, intitulado “Almanaque do Centenário da Gafanha da Nazaré”.
O Manuel, como já disse, brinda-nos de vez em quando com livros que costuma editar, por conta própria, pelo Natal, e que dedica aos seus netos e netas, «para que descubram o valor e o sentido das origens». Bom princípio este de levar à prática a preocupação de alertar os descendentes para a importância de conhecerem, tanto quanto possível, as suas e nossas raízes.
É curioso que o Manuel, radicado no Porto desde há décadas, nunca perdeu o sentido de pertença a este povo e a esta terra que o viram nascer e onde bebeu o espírito familiar que o anima, como sempre animou.
Neste almanaque, que já li página a página, a minha memória voltou, como tantas vezes me acontece com outras leituras, aos tempos em que me iniciei no registo das recordações de quanto aqui, nesta terra de tantos contrastes, fui vivenciando ao sabor da maré, com datas e mais datas que são outros motivos para mais estudos e divulgações daquilo que nos identifica. Pena é que, de gente mais nova e com outras formações, não brotem novos estudos que nos enriqueçam.
As edições familiares do meu amigo Manuel, infelizmente, não são extensivas a toda a gente. Limitadas em número de exemplares, dirigem-se tão-só a membros da sua família e a alguns amigos mais íntimos. E é pena, porque não faltaria, assim creio, quem gostasse de as ler.
No preâmbulo, para além da dedicatória, o autor diz que «Este pequeno “almanaque” não pretende ser mais do que isso: uma publicação com calendário, registos de aniversários, algumas indicações úteis e alguma literatura (leitura amena: trechos literários, poesia, anedotas…). E conclui assim: «Que no final da leitura brilhe uma pequena centelha que nos ilumine o caminho a trilhar!»

Fernando Martins

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Padre Miguel vai ser operado, mas tudo vai correr bem

Padre Miguel


Chegou-me a notícia de que o nosso Padre Miguel Lencastre foi internado num hospital de São Paulo, Brasil, devendo ser operado em breve, provavelmente em 21 deste mês, a um aneurisma na aorta. Embora a intervenção seja delicada, até porque o Padre Miguel não é, fisicamente, um jovem, todos esperamos que a sua juventude de espírito, associada à competência médica de quem o trata, o ajude a superar mais este incómodo. Os schoenstattianos e os seus amigos, que são muitos, não deixarão de pedir ao Senhor Todo-Poderoso que o acompanhe nesta hora difícil.

CUFC: Apresentação de "Folhas - Letras & Outros Ofícios"

CUFC – Centro Universitário Fé e Cultura,
Campus Universitário Aveiro: 19 de Fevereiro, sábado, 17.30 horas




O Grupo Poético de Aveiro, no seu continuado propósito de desenvolver e manter o hábito de divulgar a poesia, realizando encontros poéticos com o público, seja por autores conhecidos ou consagrados, seja por autores menos conhecidos ou somente iniciados, no próximo dia 19 de Fevereiro de 2011, sábado, pelas 17.30 horas, no auditório do CUFC – Centro Universitário Fé e Cultura, situado na rua João Jacinto Magalhães, no Campus Universitário de Santiago, Aveiro, vai fazer a apresentação pública do número 13 da sua revista folhas – letras & outros ofícios.
A edição tem capa a cores, da autoria de Lúcia Seabra, e conta com a colaboração de quarenta e seis autores, ao longo de cento e vinte e cinco páginas de poesia e prosa, artigos de evocação, recensão e análise literária.
Pela palavra e pelo espírito se reconstrói e se refaz a memória corroída pelos interesses imediatos e grosseiros. Pela palavra a alma do poeta tece a silhueta ainda obscura do homem e semeia o devir inexorável. Amanhã será aquilo de que o poeta for capaz na sua arte. “O mais é nada.” - lê-se no texto de apresentação.
 

Parque de Campismo da Barra está a ser rearborizado

Parque de Campismo da Barra

O Parque de Campismo da Barra tem estado a ser renovado, tendo em conta  as exigências técnicas. Nesta segunda fase, foram plantadas 96 novas árvores (89 pinheiros mansos e sete medronheiros), tendo a seleção das espécies florestais respeitado as leis da boa adaptação às condições existentes, bem como o enquadramento paisagístico local.
Esta intervenção resulta do diagnóstico efetuado pelo Gabinete Técnico Florestal ao povoamento existente em 2008, motivado pelo aumento, ano após ano, de árvores mortas, que poderiam pôr em causa a segurança de pessoas e bens.

Fonte: CMI

Cronologia relacionada com o Porto de Aveiro - 1

Comecei a publicar hoje a cronologia relacionada com o Porto de Aveiro. Pode ver aqui.

Uma tentação frequente de quem governa é pensar que não precisa de conhecer a história



Diplomatas e profetas 
que transmitem mensagens úteis

António Marcelino

Como braço longo dos governos os diplomatas são sempre informadores prontos e cuidadosos, de tudo quanto pode interessar ao país que representam. Este é um modo de o servir. Nem todas as informações são secretas. Por vezes, não se trata senão da informação de acontecimentos que têm a ver com todos, e que cada governo acolhe, consoante a sua fonte e o seu alcance e interesse. Os discursos que são proferidos no momento da aceitação das credenciais de um novo embaixador são mensagens para o país representado, mais do para os diplomatas que começam funções. O mesmo se diga, quando, em momentos solenes, um chefe de Estado recebe todos os embaixadores e lhes dirige uma mensagem adequada, pensada e actual, que não é apenas um discurso de cumprimentos ou de circunstância.

Misericórdia de Ílhavo precisa de voluntários


Doente acamada

Na secretaria da Santa Casa da Misericórdia de Ílhavo, estão abertas as inscrições para Voluntários na sua Unidade de Cuidados Continuados Integrados. Os candidatos têm de ter mais de 18 anos e precisam de ser emocionalmente saudáveis. Depois das inscrições, haverá uma reunião com todos os candidatos, seguindo-se entrevistas individuais e acções de formação, para que os voluntários possam exercer funções, de acordo com as necessidades dos internados na Unidade de Cuidados Continuados.

Admiro os irreverentes...


A Paciência

José Tolentino Mendonça

Para ser sincero, há momentos em que a minha admiração converge toda para a impaciência. Por alguma razão, a mim misteriosa, nunca me pareceu um peso lidar com os impacientes (fossem os outros ou eu próprio). Facilmente se ativa o meu humor perante alguém que ferve em menos água do que aquela que tem um oceano. E, da mesma maneira que me comove a reverência verdadeira, admiro os irreverentes, aprendo com os que se empenham em contrariar indefinidas esperas, agradeço aos que sacodem a estabilidade preguiçosa dos nossos tiques, procuro balançar os motivos dos que dizem “não estou para isso”.

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terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Perseguições religiosas

Num mundo civilizado como o nosso, ainda persistem as perseguições religiosas, um pouco por toda a parte. São, obviamente, de condenar, porque o direito à liberdade religiosa, como a outras liberdades, é um direito sagrado. Como cristão e católico sempre condenei as perseguições religiosas e jamais esquecerei como se perseguiram, atacaram e até ostracizaram cristãos protestantes em terras de gente pacata. Os tempos eram outros, mas nunca seriam de admitir gestos menos próprios para com os nossos irmãos protestantes.
Ultimamente têm-se registado, sobretudo em comunidades onde pululam fundamentalistas hindus e islâmicos, ataques execrandos a cristãos de várias denominações. De condenar, necessariamente. Mas o  Conselho dos Negócios Estrangeiros da União Europeia não entendeu assim, ao  chumbar uma  declaração que condenava as perseguições religiosas. E se soubermos que o veto à declaração comum partiu de cinco Estados-membros, incluindo Portugal, mais perplexos teremos de ficar. Quem poderá entender isto? Ver  aqui.

Multiplicam-se as situações de isolamento humano


Morrer é só não ser visto

José Tolentino Mendonça

«Num número que ninguém ainda consegue bem quantificar, mas que os poucos indicadores dão como preocupante e crescente, multiplicam-se as situações de isolamento humano, sobretudo na terceira idade»

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