sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

NATAL: Notas do Meu Diário

13 de Dezembro No centro comercial, a multidão, fugidia, olha as montras à cata do provável, mas apenas lhe sai o impossível. No ar, as velhas e sempre novas melodias, que nos embalam e nos transportam a natais de misteriosos sonhos. As crises marcam indelevelmente o ânimo dos desempregados que olham com amargura o fim do mês que está longe com o magro subsídio, sempre recebido como esmola. Mas há os que, sem trabalho, ainda ficam mais ricos, com direito a férias nos Alpes Suíços. Um Natal de mágoas para uns; um Natal de alegrias sem peso nem medida para outros. Os últimos acontecimentos, carregados de problemas sociais, denunciam a fragilidade de conceitos que tínhamos como certos. A inconsistência de teorias políticas e económicas obriga-nos a repensar a vida presente, numa perspectiva de um futuro com mais segurança e com mais paz. O nascimento do Menino Jesus, que o dia 25 de Dezembro nos oferece, como símbolo da fraternidade universal, pode ser o ponto de partida para opções que nos estimulem e indiquem caminhos para a necessária e urgente construção de uma sociedade mais cristã e, por isso, mais solidária.
FM

8 comentários:

  1. Seria bom que o espírito fraterno que se acentua no Natal, atenuasse o fosso crescente entre os cada vez mais ricos e os pobres que crescem na mesma proporção. Se o MENINO JESUS viesse colmatar isso...seria cumprida a sua missão! Deixemo-lo alterar as vontades de quem manda neste país, cada vez mais desigual, injusto e atolado no lodo!
    DA

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  7. Para si..professor um dos meus poemas preferidos do Natal

    Chove. É dia de Natal

    Chove. É dia de Natal.
    Lá para o Norte é melhor:
    Há a neve que faz mal,
    E o frio que ainda é pior.
    E toda a gente é contente
    Porque é dia de o ficar.
    Chove no Natal presente.
    Antes isso que nevar.

    Pois apesar de ser esse
    O Natal da convenção,
    Quando o corpo me arrefece
    Tenho o frio e Natal não.

    Deixo sentir a quem quadra
    E o Natal a quem o fez,
    Pois se escrevo ainda outra quadra
    Fico gelado dos pés.

    Fernando Pessoa

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  8. Minha boa amiga

    Como é saboroso ler e ouvir boa poesia! E quando ela vem de Pessoa, então, sem se saber porquê, até parece que tem um gosto muito diferente!

    Bom Natal

    Fernando Martins

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