quinta-feira, 20 de setembro de 2007

Futebol sem adeptos nos estádios

Estádio Municipal Mário Duarte, em Aveiro.
Foto de Stadionwelt.de


ESTÁDIOS DE FUTEBOL ÀS MOSCAS

Ouvi e vi na televisão e li em jornais que o último jogo de futebol entre o Beira-Mar e o Penafiel teve apenas 600 espectadores. Consultado um jornalista amigo que esteve lá, não terão sido 600, mas cerca de dois mil adeptos do futebol. O estádio, confirmou-me, só enche com o Benfica, Porto e Sporting. Normalmente tem pouca gente a assistir aos jogos, sendo certo, referiu o meu amigo, que o Beira-Mar, mesmo assim, ainda é dos que têm maior assistência, depois dos grandes. Disse-me, também, que em Aveiro há um certo divórcio entre os aveirenses e o Beira-Mar, por razões difíceis de compreender. Agora na Divisão de Honra, a situação tende a piorar.
Isto tudo leva-me a dizer que algo vai mal e que a megalomania cometeu erros clamorosos. Como é possível avançar-se para um estádio destes, em Aveiro como noutras cidades, quando é conhecido que não haveria garantias de grandes assistências nos jogos, que justificassem as muitas despesas? Será que o Estádio Municipal de Aveiro foi feito simplesmente por vaidade, isto é, para termos a honra de assistir a uns três jogos do Europeu de Futebol, sabendo-se que a seguir iria ficar às moscas? Para despesas tão grandes, não seria bom proceder-se a estudos que explicassem a viabilidade do projecto? E agora, quem paga as despesas de manutenção, que estão, segundo me informaram, na ordem dos 500 mil euros por ano?
Isto de se gastar, para além das posses de cada um, nunca deu bom resultado. E se soubermos, como todos sabemos, que há inúmeras carências, em tantos sectores da sociedade, então mais temos que pesar bem onde se gasta o dinheiro e como.

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