segunda-feira, 17 de setembro de 2007

Buarcos: Pelourinho


PELOURINHO DE BAIXO
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Nas minhas andanças por aqui e por ali, paro sempre junto de registos históricos. É um gosto especial que nem sei explicar verdadeiramente. Um dia destes, em Buarcos, não deixei de admirar este pelourinho. Foi baptizado com o nome de Pelourinho de Baixo, certamente porque havia ou há, ainda, um Pelourinho de Cima. Não o vi, mas hei-de tentar saber onde mora ou morou ele.
Há muita gente que associa o Pelourinho à Forca. Eram coisas diferentes. Os pelourinhos serviam para expor à vergonha pública os condenados por penas que, normalmente, não justificavam a pena de morte. Haverá alguma justificação para a pena de morte? Penso que não.
No pelourinho havia castigos corporais, nomeadamente açoites, exposição de condenados agrilhoados, mutilações, etc. A forca, essa era localizada fora dos povoados, onde era erguido, para o efeito, o mastro, ao qual se ligava a corda.
Os pelourinhos chegaram a ter, no cimo, uma gaiola de madeira, onde os delinquentes permaneciam todo o tempo a que eram condenados.
Olhando para a História, de facto houve tempos bárbaros. As barbaridades, mesmo nas nossas sociedades, agora são outras. Mas que existem, existem. Mesmo sem pelourinho e sem forca. Esses instrumentos, com outras formas e com outros nomes, são nos nossos dias coisas mais sofisticadas. E toda a gente lida no dia-a-dia com eles.
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Fonte: "Pelourinhos do Distrito de Aveiro", de Júlio Rocha e Sousa

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