sexta-feira, 19 de janeiro de 2007

MOINHO DO CONDE

Moinho do Conde (Pai ou filho?)
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MOINHO DO CONDE
NA MARINHA VELHA
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Ontem referi, no texto sobre o desastre que ocorreu na Ponte do Forte, o Moinho do Conde, que existiu na Marinha Velha, onde aproveitava os ventos que vinham da Ria e do Mar. Ali se moíam os cereais que se cultivavam na Gafanha da Nazaré, nomeadamente milho, centeio, cevada, aveia e algum trigo. O milho levava de vencida todos os outros por estas bandas.
Recordo que os lavradores iam lá entregar os cereais, pagando com farinha. Não havia sempre utilização de dinheiro, nessa época. Mesmo havendo o moinho do Conde, não faltavam moleiros que vinham, segundo recordo, dos lados de Salreu e freguesias vizinhas. O Padre Resende diz, na sua "Monografia da Gafanha", que outrora os moleiros eram de Videira (Mira), Boco e Lavandeira, e que anunciavam a sua presença aos fregueses, "percorrendo o lugar a tocar o tradicional búzio".
Seja como for, a Gafanha da Nazaré também teve, na minha meninice, o seu moinho, em terra que hoje está inundada pelo Canal de Mira, concretamente na zona do Porto de Pesca e seus acessos.
Não sei se a foto mostra o moinho mais antigo, o tal Moinho do Conde, ou um outro, de seu filho, mais integrado na povoação e não longe do primeiro. Caso para descobrir, por quem tem boa memória visual.
F.M.

4 comentários:

  1. Obrigado por nos mostrar estas fotografias.

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  2. Com tempo, tudo pode acontecer.

    Um abraço para o leitor anónimo

    F.M.

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  3. Fernando:
    Pela imagem, o moinho é do Conde "Novo".Nota-se uma casa alta, que era a taberna do Sr. Resende, junto ao moinho. O moinho velho ficava porto do campo de futebol que na imagem não se vê, por já ter simo "comido" pelo regueirão
    Angelo Ribau

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  4. Prof. Fernando,

    Fotos como esta, da Gafanha da Nazaré de outrora são relíquias, que os mais novos deveriam ver para repensar a forma de viver dos tempos modernos. Aquilo que foram tempos!!! Ainda que eu seja muito mais novo do que tudo isso.

    Fiquei contente em passar esta noite de sábado pelo seu blog e ver esta imagem da minha Gafanha da Nazaré, e de tantos outros emigrantes que estão ausentes fisicamente, mas presentes em pensamento.


    Abraços ao meu ilustre e distinto amigo

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