quinta-feira, 22 de dezembro de 2005

Um artigo de Luciano do Amaral, no DN

O MISTÉRIO
Celebram-se a 25 de Dezembro (dentro de três dias) 2005 anos sobre o nascimento de um judeu da Palestina que, na verdade, não se sabe se nasceu a 25 de Dezembro ou sequer há 2005 anos. Efectivamente, pensa-se que Jesus Cristo tenha nascido entre sete e quatro anos antes da era que ostenta o seu nome, num mês indeterminado. Também não se sabe com exactidão quando foi crucificado, embora se aponte para o período entre os anos 29 e 33 (o que significa, como curiosidade, que a famosa "idade de Cristo" não serão os célebres 33 anos, mas algo mais próximo dos 40). O facto de ter sido vastamente ignorado no seu tempo de pregador não impediu Jesus Cristo de se tornar numa das mais importantes personalidades de todos os tempos. Não que Jesus se tenha afirmado fundador de um movimento religioso diferente do judaísmo. Mas a sua vida inspirou o maior movimento religioso da história da humanidade, aquele que ainda hoje mais fiéis congrega no mundo.
Jesus Cristo nem sequer se chamou Jesus Cristo, apenas Jesus. "Cristo" foi o título que os seus seguidores lhe apuseram e que é o equivalente grego da palavra hebraica "messias" (o "ungido", ou "ungido de Deus"). A associação histórica dos dois nomes resume, em larga medida, o problema do cristianismo. Jesus nunca se afirmou inequivocamente como "messias" ou "Cristo". Antes da morte e ressurreição, foi um pregador judaico apocalíptico, como tantos outros que existiam na Palestina. Coube aos seus seguidores, depois da ressurreição, começarem a designá-lo assim, bem como "Filho de Deus".
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