segunda-feira, 19 de dezembro de 2005

Celebrar o Tempo entre culturas

Paulinas editam calendário inter-religioso
Sabia que no dia 1 de Janeiro, data em que a Igreja Católica celebra Santa Maria, Mãe de Deus, o cristãos Ortodoxos celebram a Circuncisão de Cristo? E que enquanto os cristãos Católicos e Anglicanos celebram a Epifania a 8 de Janeiro, nesse mesmo dia começa para o Islamismo a peregrinação a Meca (Dhul-Hijjah), e que para isso os peregrinos cortam o cabelo e usam túnicas brancas de forma a atenuar ao máximo as diferenças entre si? «Celebração do Tempo» é o novo calendário inter-confessional e inter-religioso editado pelas Irmãs Paulinas e pelo Secretariado Entreculturas, ligado ao Ministério da Educação, para o ano 2006.
Produzido por esta Editora católica desde há três anos, este calendário reúne informação relativa aos calendários por que se regem o Hinduísmo, o Judaísmo, o Budismo, o Cristianismo, e o Islamismo.Numa sociedade onde somos, cada vez mais, confrontados com outras culturas religiosas e outras formas de prestar culto divino, este calendário “tornou-se uma necessidade do quotidiano”, afirma o Pe. Peter Stilwell, Director da Faculdade de Teologia da Universidade Católica Portuguesa, na Apresentação que escreve de «Celebração do Tempo».
Torna-se importante “compreender o ritmo celebrativo dessas comunidades que reconhecemos já de vista, pela diversidade das suas vestes e o colorido das suas festas”, continua.De formato comprido e com uma agradável apresentação gráfica, o calendário «Celebração do Tempo» traz, para o ano 2006, como novidade a “referência à evocação dos Doutores da Igreja e dos santos portugueses no calendário litúrgico da Igreja Católica, as duas grandes festividades marianas de Lurdes e de Fátima – explica e o Pe. Peter Stilwell, também supervisor editorial desta publicação – e a escolha de fotografias para encimar cada mês obedecem aos temas da Missionação e da Diáspora”, escreve.
O azul de mar, uma antiga caravela e a imagem de São Francisco Xavier, na capa do calendário, remetem-nos desde logo para esse mesmo tema da Missão e da Diáspora. “Os primeiros gestos de Bento XVI – salienta ainda o Pe. Peter na Apresentação – mostraram como o Papa está atento à relação com as outras Igrejas e confissões cristãs e ao diálogo com as demais tradições religiosas”. Este é um gesto concreto desse diálogo.
Fonte: Ecclesia

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