quinta-feira, 28 de abril de 2005

Marinha da Troncalhada

Marinha da Troncalhada em dia de visitas A tradição do sal não pode morrer
A Marinha da Troncalhada, um Ecomuseu que aposta em preservar o fabrico do sal, está sempre à espera de quem goste de saber como se processava uma faina ancestral, entre nós, com primeira referência na longa data de 959, quando a condessa Mumadona registou, num testamento, as suas marinhas de sal que possuía nesta região. Desde essa altura, pelo menos, sempre os povos destas terras fabricaram sal, com a água salgada que entrava por terra dentro e com o sol do Verão e o vento que nunca deixou de prestar uma boa ajuda. Infelizmente, muitas das boas tradições artesanais vão morrendo, por força da industrialização que vai dominando todos os sectores da vida. Mas a Marinha da Troncalhada, graças ao município de Aveiro, teima em resistir para mostrar, às gentes mais novas e a quantos nos visitam, como é que marnotos e moços, num labor custoso sob sol ardente, extraíam das águas da Ria, do mesmo sabor das águas do mar, porque dele vêm, o precioso sal que uma tradicional cozinha não dispensa. A Marinha da Troncalhada fica mesmo à porta da cidade, quem sai para as praias. Na rotunda, vira-se à direita, segue-se pela estrada marginal ao canal, em direcção à zona das antigas pirâmides, e logo se vê. É a primeira marinha à esquerda. Se gosta de recordar o que se vai perdendo ou se quer mostrar aos netos uma tradição que sempre marcou as nossas terras ribeirinhas, não deixe de passar pela Marinha da Troncalhada. Ela gosta que a visitem. Fernando Martins

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