sexta-feira, 17 de dezembro de 2004

ELEIÇÕES À PORTA

No dia 20 de Fevereiro, os portugueses vão ser chamados, mais uma vez, a votar para as Legislativas, por força da dissolução da Assembleia da República pelo Presidente Jorge Sampaio. Com a dissolução da Assembleia, caiu logicamente o Governo e é preciso restabelecer o regular funcionamento das instituições democráticas, quanto antes, para se evitar o caos. Não vale a pena ficarmos a lamentar ou a aplaudir o que aconteceu, acusando o Governo ou aceitando a decisão do Presidente da República, porque o mais importante é entrarmos na campanha eleitoral que se avizinha, ou já começou, fundamentalmente para estruturarmos a nossa opção em favor de um ou de outro Partido Político. E isso não se faz com comodismos, tão ao nosso jeito, nem com o respeito cego por qualquer Partido. Se olharmos para os programas eleitorais que já começaram a ser delineados, é certo e sabido que encontramos em todos eles muitos pontos positivos que estariam na base da recuperação da nossa depauperada economia, da erradicação da pobreza, da diminuição do desemprego, enfim, da estabilidade social. Urge, sobretudo, por isso, tentar conseguir descortinar, do sem-número de propostas quer vão ser anunciadas com grandes parangonas, onde está a verdade e onde começa a demagogia enganadora. Não podemos cair no erro de votar por votar, por simples simpatia partidária, porque Portugal não pode andar eternamente ao sabor da maré e dos gostos insensatos de muitos políticos profissionais. Há que ver bem quem são os candidatos que se perfilam e tentar perceber se são gente com princípios ou meros funcionários dos Partidos, fazendo só o que os chefes ordenam. Ouvir o que se diz e como se diz, ler analistas ponderados e conversar com gente sensata poderá ser o ponto de partida para começarmos a estruturar as nossas opções. Do nosso voto, livre e responsável, poderá depender um Governo que nos governe, tendo em conta, sempre, os portugueses mais desprotegidos.

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